Açafrão (Crocus sativus)

  • Digestão

Planta da família das Iridaceae, também conhecido como açaflor, açafrão, açafreiro, açafroeiro.

Pequena planta cultivada principalmente nos jardins do Rio de Janeiro; apresenta folhas estreitas e flores rosáceas ou avermelhadas, com propriedades medicinais e tempero.

Atualmente, é a especiaria mais cara do mundo, uma vez que para a preparação de apenas alguns gramas utilizam-se milhares de flores da planta, processadas manualmente (cerca de 100 mil flores para obtenção de apenas cinco quilos de estigmas).

O Dicionario de botânica brasileira refere-se ao açafrão desta forma: Arbusto de quase um metro de altura, folhas roxeadas e compridas; a flor e seus tegumentos são amarelos, purpurinos, e avermelhados.

Quando seca tem grande consumo na Europa para a tinturaria; desprende de seus órgãos uma tinta amarela e um óleo volátil.

Na arte culinária e nas confeitarias costuma-se empregar o açafrão para dar uma cor agradável a muitas iguarias e confeições.

Partes utilizadas

Estigmas secos.

Indicações

Histeria, inflamação, regular processos sanguíneos, tireoide, problemas digestivos, prisão de ventre, veneno de cobra.

  • Área de tratamento: Digestão

Modo de usar

- Usado em molhos, sopas, saladas, arroz, cozidos com frango e legumes;

- Preparação de tinturas, extratos, loções oculares e colírios, mas sobretudo em pílulas abortivas.

- Infuso ou decocto a 1 %: dose máxima diária 200 ml;

- Extrato fluido: dose máxima diária 40 gotas.

Propriedades medicinais

Antiofídico, digestivo, emenagoga, espasmódica, laxante.

Pesquisadores da UFSC, estão estudando o uso de nanocápsulas com princípio ativo do açafrão para tratamento do câncer de pele

  • Digestivas

  • Emenagogas

  • Laxantes

Princípios ativos

Aldeídos terpenos (safranal, 2,2,4-trimetil-ciclohexa-1,3-dieno-carbaldeído, pineno e cineol), picrocrocina, carotenóides, crocetina, gentobiose, alfa e o beta-caroteno, licopina, zeaxanteno e mucilagem.

Contraindicações | Cuidados

Nenhuma contraindicação foi encontrada na literatura consultada, exceto de a planta possuir uma atividade emenagoga e abortiva.

Grandes quantidades de açafrão (mais de 5g o que é maior do que a quantidade geralmente usada na culinária) provocam a estimulação uterina e podem induzir o aborto.

Informação sobre o uso durante a amamentação não foi encontrada.

Uma reação anafilática - angioedema, urticária ocorreu em um fazendeiro com 21 anos após ter ingerido arroz e cogumelos com açafrão.

Uma resposta positiva ao açafrão, com resultados negativos aos outros ingredientes, foi observada no 'teste do esfregasse' e pela técnica do RAST (Radioallergosorbent Test), testando a presença de IgE; Alergia ocupacional sazonal, incluindo a rinoconjuntivite, a asma brônquica, e o prurido cutâneo, ocorreram em 15 trabalhadores expostos ao açafrão; Testes cutâneos e de RAST foram positivos para o açafrão.

Toxicologia

Grandes doses de estigmas atuam como um sedativo e há relatos de uso fatal do açafrão como um aborti-faciente.

A presença das saponinas no rebento é tóxica a animais jovens.

A dose letal é 20 g, enquanto a dose abortiva é 10 g.

Os seguintes efeitos foram relatados após a ingestão de 5g açafrão: púrpura severa, trombocitopenia, e sangramento severo.

Um estudo demonstrou que o açafrão é não mutagênico e não tóxico, porém as doses usadas não foram mencionadas.

História | Origem | Plantio | Habitat

O açafrão é pelo menos tão antigo como a escrita, talvez até muito anterior à nossa era.

Da China ao Egito, da Grécia a Roma, o açafrão sempre foi apreciado pelo seu aroma requintado e propriedades medicinais.

O açafrão foi amplamente utilizado como condimento e como um pigmento, este uso ainda é aplicado, usado há séculos em molhos, arroz e aves.

Durante o período entre os séculos XVI e XIX, o açafrão foi usado em várias preparações do opiáceas para o alívio da dor.

A variedade de Crocus sativus que se usa para extrair o açafrão é originária da região do mar Mediterrâneo e consumido na culinária da região, normalmente em risotos, caldos e massas.

Na Espanha, é item essencial à paella.

Pode cultivar-se no Brasil.

Família

  • Iridaceae

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