Alcachofra (Cynara Scolymus)
Planta da família das Asterecea, também conhecida como alcachofra-hortense, alcachofra comum e alcachofra de comer.
Possui caule esbranquiçado, grandes folhas verdes, lanceoladas e carnosas.
Pode atingir até 80 cm de comprimento.
Partes utilizadas
Flor (alimento) e folha (medicamento).
Indicações
Problemas hepáticos e renais - Apesar dos novos usos, a alcachofra continua a ser essencial para fortalecer o funcionamento do fígado e dos rins, favorecendo a desintoxicação em problemas crônicos como a artrite, a gota e a doença hepática.
Colesterol alto - Testes clínicos ao longo dos últimos 30 anos descobriram que a folha da alcachofra reduz os níveis de colesterol e de triglicéridos, enquanto os níveis de lipoproteínas de alta densidade (HDL) tendem a aumentar. Os níveis de colesterol melhoraram de 5 a 45 por cento, com uma dose diária equivalente a 7g de folha seca.
Nos anos de 1970 pesquisadores europeus documentaram o efeito da cinarina na diminuição do colesterol em seres humanos. Um estudo publicado em 2000 relatava que as folhas de alcachofra possuíam um teor consistente de cinarina, que poderia baixar os níveis de colesterol em 15%. Acredita-se que possua outros componentes que possam baixar o colesterol,
Deve ser tomada durante alguns meses para melhores resultados.
Síndrome de cólon irritável : Um estudo do Journal of Alternative and Complementary Medicine relata que o extrato de alcachofra alivia a síndrome do intestino irritável. Os pacientes também referiram o alívio de sintomas como enjoos, vômitos, dores abdominais, flatulência e obstipação.
Por consequência, é agora comum tomar alcachofra para a síndrome do cólon irritável e os sintomas a ela associados, tais como inchaço, distensão abdominal e alternância entre diarreia e obstipação.
Outros Usos: ácido úrico, obesidade, diabetes; debilidade geral, clorose, convalescença, dispepsia; hipertensão, hipertireoidismo, toxemia; afecções reumáticas.
Modo de usar
Inflamações rebeldes : Coloque 3 colheres (sopa) de folhas fatiadas em uma garrafa de vinho branco. Deixe em maceração por cinco dias, agitando às vezes e coe. Tome 1 cálice antes das principais refeições.
Anemia: Consumir as brácteas tenras e cruas ou ligeiramente aferventadas (cabeça), comer duas a três vezes ao dia, durante algumas semanas.
Nefrite: Caldo cozido da cabeça da alcachofra misturado ao suco do limão, 1 xícara três a quatro vezes ao dia.
Diabetes: Consumir a cabeça da alcachofra ao natural, juntamente com suco de limão, três a quatro vezes ao dia.
Bronquite asmática: Caldo cozido da cabeça da alcachofra misturado ao suco de limão e um pouco de azeite de oliva, 1 xícara de 3 a 4 vezes ao dia.
Hemorróidas, prostatite e uretrite: Caldo em mistura com suco de cenoura ou limão, 1 copo quatro vezes ao dia.
Debilidade cardíaca: Comer brácteas cruas ou cozidas, sob a forma de salada, acompanhada de suco de limão.
Hepatite, colecistite, arteriosclerose: Chá por decocção, na proporção de 30g de folhas para 1 litro de água, 1 xícara 3 vezes ao dia.
Diurético: Ferver 20g de raízes de alcachofra por cinco minutos em 1 litro de água. Deixar o líquido amornar, adoçar e tomar na dose de 3 xícaras ao dia.
Propriedades medicinais
Diurético, remineralizante, tônico e regulador das funções hepáticas e biliares, laxativa.
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Diuréticas
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Laxantes
Princípios ativos
Alcoóis ácidos: glicérico, málico, cítrico, glicólico, lático, e succínico, metil-acrílico; Lactonas sesquiterpênicas largas: geosheimina, cinaratriol, cinaropicrina, cinarolidina, dihidrocinaropicrina, rossheimina, grosulfeimina e outros guaianolideos relacionados; flavonoides: glicosídeos da flavona aptgenina , luteolina, cinarosideo, escolimosideo, cosmosideo, quercetina, isoramnetina, maritimeina. Compostos fenólicos; óleos voláteis: 13-selineno, cariofileno, eugenol, fenilacetaldeido e óleo decanal -32 compostos; Ácidos graxos poliinsaturados essenciais: ácido esteárico, palmítico, oleico e linoleico; sais minerais: cálcio, fósforo, potássio, Vitaminas vitamina C; Aminoácidos: niacina, tiamina, fenilalanine, tirosina histidina, alanina, e glicina :altenóides. e pigmentos antocianicos; A alcachofrante ideal de ácidos graxos; Açor da alcachofra contêm já foram Enzimas: oxidases, peroxidases, onarase, e a ascorbinase.
Contraindicações | Cuidados
Pessoas alérgicas às plantas da família Asteraceae ou qualquer obstrução do duto biliar.
O diagnóstico de cálculos biliares deve ser feito por um profissional de saúde.
Pacientes propensos à fermentação intestinal.
Efeitos colaterais: Em um estudo com 143 pacientes, a administração da alcachofra não causou nenhuma reação adversa.
O contato frequente com alcachofra ou outras plantas da família Asteraceae, causou reações alérgicas em indivíduos sensíveis à dermatite de contato e urticária com contato ocupacional com alcachofra, os componentes responsáveis são a cinaropicrina e outras lactonas sesquiterpênicas; De acordo com as monografias da German Commission e, as Contraindicações do uso da alcachofra incluem pigmentos da cor e antociânicos também já foram avaliados.
Uso na gravidez e na lactação: Por causa da falta de dados sobre a toxicidade da alcachofra, sugere-se que seu uso seja limitado durante a gravidez. A caropicrina e a cinarase promovem a coagulação do leite, portanto a planta está contra indicada para lactantes.
História | Origem | Plantio | Habitat
As flores da alcachofra são saborosas e, como as folhas, têm uma ação tonificante sobre o fígado e a digestão, estimulando o apetite e a desintoxicação. Contudo, só as folhas são usadas em medicina, havendo provas substanciais de que reduzem o colesterol.
Origem: Planta europeia das regiões do Mediterrâneo, sendo cultivada no sul da Europa, na Ásia Menor e ainda na América do Sul, principalmente no Brasil.
Multiplicação: por rizoma e por semente;
Cultivo: plantio em clima temperado e subtropical sob forma touceira de até 2 metros. Exige solos férteis, frescos e arejados e espaçamento de 0,5m X 1,00m.
Colheita: colhe-se as folhas antes da floração ou as flores. Os rizomas também podem ser colhidos 100 a 140 dias após o plantio.
As folhas são secas à sombra, em local fresco e arejado, devendo ser acondicionadas em sacos de papel ou pano.
As flores devem ser consumidas logo após a colheita.
Família
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Asteraceae
Outras informações
As brácteas frescas devem ficar em geladeira. As folhas devem ser secas ao sol e guardadas em ambiente arejado.
Posologia:
Tintura : 5 a 25 ml, divididos em até 3 doses diárias, com intervalos menores que 12 horas;
Vinho medicinal : 2 cálices antes das principais refeições flores como alimento e medicinal;
Infuso ou Decocto : 2g de folhas frescas ou 1g de folhas secas (1 colher de sobremesa para cada xícara de água) em infuso ou decocto;
Extrato líquido: 0,5 a 1 g/dia;
Extrato seco : 100 a 150mg até 3 vezes ao dia.
Referências
Superalimentos, Os Alimentos mais Saudáveis do Planete. Tonia Reinhard, Larousse.
FITOTERÁPICOS E INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS - João Batista Picinini Teixeira1 José Vinícius dos Santos.
Fitoterápicos e potenciais interações medicamentosas na terapia do câncer - Heidge Fukumasu, Andreia Oliveira Latorr1, Natalia Bracci, Silvana Lima Górniak, Maria Lucia Zaidan Dagli