Altéia (Altthaea Officinalis)

  • Inflamações de pele

Planta da família das Malváceas, que mede de 50 cm à 1 metro e meio de elevação, ligeiramente tomentosa, macia ao tato. Sua raiz é longa e fusiforme, cilíndrica, pivotada, carnuda da grossura de um dedo. A haste é ereta e cilíndrica, de ramos alternos, verde verde avermelhada.

Folhas numerosas, alternas, pecioladas, mais ou menos cordiformes, irregularmente lobadas, serreadas, aveludadas, munidas de duas estipulas membranosas na base, caduca, pubescentes.

Flores esbranquiçadas, purpúreas ou ligeiramente rosadas, quase sésseis, formando uma espécie de panícula nas axilas das folhas superiores.

Cálice gamossépalo, de 5 divisões acumuladas.

Corola de 5 pétalas arredondadas ligeiramente lobadas na parte superior.

Fruto orbicular, assaz deprimido, tomentoso, envolvido pelo cálice, e constituído por diversas cápsulas que se separam quando maduras.

Partes utilizadas

Folhas e raízes.

Indicações

Suas folhas e raízes fornecem um chá de propriedades emolientes e calmantes, muito útil em casos de inflamação.

Pode-se fazer emplastos com as folhas e raízes para debelar inflamações de pele.

As flores empregam-se nas enfermidades das vias respiratórias.

São boas para curar a tosse especialmente nas crianças e pessoas idosas.

Em forma de loção e fomentação a alteia é um bom remédio para acalmar dores e erupções cutâneas.

Em clisteres, dá bom resultado nas inflamações intestinais e na prisão de ventre.

A raiz se dá a mastigar às crianças, para favorecer a dentição.

Membranas mucosas inflamadas

A raiz da alteia é muito usada para acalmar e proteger membranas mucosas irritadas, por exemplo, na hiperacidez, na síndroma do cólon irritável e na bronquite crônica.

Com uma consistência viscosa, funciona como o muco do próprio corpo, reduzindo o desconforto e a inflamação.

  • Indicações específicas: Inflamações de pele

Modo de usar

Raiz: abscessos, cálculos, calmante, diarreia, disenterias, emoliente, expectorante, fluxos vaginais, gengivas irritadas das crianças; inflamação externa, inflamação da uretra, inflamações dos intestinos, prisão de ventre, inflamação da mucosa interna da bexiga, sudorífica eficaz;

Ffolhas, por infusão: enfermidades das vias respiratórias, coqueluche, caxumba, escarlatina, rubéola, afecções da boca, anti-inflamatório intestinal, abscessos;

Infuso ou decocto a 5%: dose máxima diária: 500 ml;

Extrato fluido: dose máxima diária: 20 ml;

Decocção de raízes por 10 minutos, para banho: acalmar irritações;

Decocção de 10 a 20 g de raízes. Três xícaras ao dia;

Decocção de 20 a 30 g de raízes em um litro de água: compressas, loção, colutório e gargarejo;

Decocção de folhas secas em pouca água. Deixar amornar e espalhar as folhas sobre uma gaze e aplicá-la sobre infamações cutâneas;

Decocção de 5 g de raízes cortadas em pedaços, em 150 g de água, até o líquido ficar reduzido a dois terços. Adoçar com mel, coar e beber em duas vazes: laxativo brando.

Infusão de 5 g de folhas secas em uma xícara de água bem quente. Adicionar uma colher de sopa de mel, bebendo em seguida: reumatismo, febres reumáticas;

Infusão de 5 g de folhas e flores secas em uma xícara grande de água fervente. Deixar esfriar e adoçar com mel. Beber 3 xícaras ao dia: dores reumáticas, tosse seca e nervosa;

De 50 g/l de folhas e flores: compressas, colutórios e gargarejos;

Maceração de 100 g de raízes em um litro de água (fria) por 24 horas. Filtrar e adoçar com açúcar. Tomar uma xícara antes de dormir: conciliar o sono e problemas respiratórios;

Maceração de uma colher de chá de raiz por xícara grande de água fria: inflamações das vias respiratórias superiores, antitússico, expectorante mucilaginoso, doenças gastrintestinais;

Mastigatório: raiz descortiçada (descascada): dentição infantil;

Mombinada com Symphytum officinale: problemas digestivos;

Combinada com Glycyrrhiza glabra, Marrubium vulgare ou Lobelia inflata: problemas bronquiais;

Combinada com Ulmus rubra: para uso externo.

Raiz fresca: aplicar sobre abscesso bucais e furúnculos;

Xarope : macerar 125 g raízes em um litro de água por 24 horas. Coar e em um recipiente de vidro adicionar 1,5 k g de açúcar e colocar ferver lentamente. Quando o açúcar tiver dissolvido apagar o fogo. Após esfriar adicionar 30 g de água de flor de laranjeira. Colocar em um vidro tampado por mais 24 horas. Tomar uma xícara à noite, antes de deitar: insônia.

Propriedades medicinais

Emoliente, calmante, anti-inflamatória, laxante e expectorante.

Princípios ativos

Pectina e princípios amargos.

Mucilagem, 25 a 35 % de polissacarídeos solúveis arabinogalactona, arabana, gluconas; Amido; Pectina; Asparagina (XV), Betaína; Óleos essenciais, especialmente na semente; Açúcares; Matérias resinosas.

Toxicologia

Pode reduzir a absorção de outros medicamentos que se toma ao mesmo tempo.

Por outro lado pode prevenir moléstias gástricas quando se usa medicamento com elevado quantidade de taninos .

Em diabéticos, o médico deverá controlar a glicemia para ajustar, as doses de insulina ou antidiabéticos orais.

Farmacologia

Alivia a irritação local, diminui a produção de muco, estimula a fagocitose, funcionando ainda como anti-inflamatório, imuno-estimulante e hipoglicemiante. Foi demonstrada a eficácia do gargarejo nas afecções da boca e garganta.

História | Origem | Plantio | Habitat

A alteia, uma erva tradicional europeia, tem propriedades calmantes, usadas sobretudo para tratar distúrbios digestivos e respiratórios.
Origem : Prefere lugares úmidos e margens de riachos do centro-sul da Europa.

Família

  • Malvaceae

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