Angico Vermelho (Anadenanthera colubrina)
Planta da família das fabaceae, também conhecida como acácia angico, acácia virgem, angico bravo, angico de casca, angico fava, arapiraca, Cambuí, corupa é paricá.
Os Angicos vermelho e branco são plantas da mesma família botânica e do mesmo gênero, variando apenas a espécie, porém são alvo de muitas confusões.
Árvore de caule inerme, um pouco menor que o Angico-branco, até 12 m de altura, de madeira castanha avermelhada.
Ramos cilíndricosa-angulosos e folhas compostas, bipinadas, 3 a 6 jugas com grossa glândula no pecíolo, 10 a 12 pares de folíolos postos.
Flores amarelo-esverdeadas pequenas, dispostas em espigas axilares de 3 a 5 cm de comprimento.
O fruto é uma vagem coriácea muito achatada, de até 16cm de comprimento com muitas sementes pequenas, comprimidas e membranosas.
A goma de Angico, popular entre caboclos, é extraída através de incisões superficiais das cascas, deixa-se correr a goma que é posteriormente secada ao sol.
Partes utilizadas
Casca e goma
Indicações
Fraqueza orgânica, falta de apetite, raquitismo; Afecções pulmonares: tosses, catarro, bronquites, asma, coqueluche, faringite, tuberculose; Contusões, cortes, úlceras; Diarreias e disenterias; Úlceras, leucorreias, feridas, escrófulas, hemorragias, metrorragias.
Modo de usar
Posologia: Adultos: 20ml de tintura da casca diluída em 5OO ml de água para compressas em ferimentos e lavagens vaginais; 5g de erva fresca (1 colher de sobremesa para cada xícara de água) de cascas ou goma em decocto (trato respiratório) até 2 vezes ao dia, com intervalos menores que 12hs; Banhos, gargarejes e lavagens são feitos com 50g de cascas frescas em 11 de água.
Princípios ativos
Casca: taninos ; Corantes; Resinas; Mucilagens;
Goma: Oxidase; Galactana, arabana, Açúcares: angicose, arabinose; Mucilagens;
Contraindicações | Cuidados
Uso pediátrico: contraindicação absoluta.
Contraindicações: Gravidez, lactação, crianças e idosos. Em diarreia crônica.
Precauções: Em pessoas com intestinos sensíveis.
Efeitos colaterais: Plantas tóxicas para o homem e para o gado. Sementes e folhas secas são alucinógenas. O uso pode provocar escoriações no septo nasal e nas mucosas da boca.
Superdosagem: Caso ocorra, além de lavagem gastrointestinal, tratamento sintomático e monitoramento clínico podem ser necessários.
Farmacologia
É comprovado cientificamente que a bufotemina possui propriedades alucinógenas.
A quantidade de taninos presentes, assim como mucilagens e saponinas, provavelmente são as justificativas de seu uso.
Não encontramos relatos de pesquisas ou estudos clínicos sobre estas espécies, mas como seu uso empírico junto à população cabocla ainda é muito difundido, listamós as informações disponíveis.
História | Origem | Plantio | Habitat
Essa árvore é fornecedora de boa madeira para construção civil e para lenha e carvão, possui grande potencial terapêutico.
Habitat: Caatinga, ocorrendo em outras áreas esparsas de São Paulo ao Pará.
História: De uso corrente pela população cabocla, embora sejam plantas tóxicas, cujo uso envolve riscos. Tradicionalmente, ambas as plantas são usadas alternando-se as indicações.
Família
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Fabaceae