Cajazeiro (Spondias mombin)
Planta da família das Anacardiaceae, também conhecida como taperebazeiro, macucu, cajá, cajazeira, cajá-mirim, cajamanga, cajá-manga, taperebá, tamacoaré, tamaquaré-serrado, cajazeiro tapiribá, acaiamiri, acaíba, cajá-pequeno, cajá-miúdo.
A Cajazeira é uma árvore grande e muito frondosa, de caule reto, até 25 m de altura, casca quase sempre brancacenta ou acinzentada, espessa e muito fendida; suas folhas são imparininadas, grandes, alternas e compostas de 5 a 9 pares de folíolos opostos, oblongo elípticos, agudos ou obtusos, grandes, suas flores são perfumadas, hermafroditas, dispostas em grandes panículas terminais; seu fruto é drupa de 44 mm de diâmetro, sua cor é amarelo alaranjada, e sua polpa é resinosa, ácida, muito perfumada, comestível e saudável.
É planta medicinal também, pois sua casca perfumada é emética e adstringente, constituindo um ótimo vomitório nos casos de febres biliosas e palustres; é também antidiarreica, antidisentérica, antiblenorrágica e hemorroidária, sendo que a sua raiz também é hemorroidária.
Suas folhas são atacadas e preferidas pelo lepdíptero Attacus aurota Cram., ou seja, um dos nossos "bichos-da-seda" e usadas interna ou externamente, conforme os casos, para febres biliosas, constipação do ventre, dores do estômago, complicações após partos, certas doenças da laringe e dos olhos, refrigerante, estomáquico e ótimo nas diarreias.
Do seu fruto fazem-se compotas, geleias e vários tipos de doce. Seu suco é febrífugo, servindo também para fazer sorvetes. Faz-se também com sua polpa um vinho para a cura das uretrites e das cistites. O decocto dos caroços é aproveitado para a menstruação das mulheres.
De sua casca também fazem imagens, amuletos, boquilhas para cigarros, ornatos de capela. Há a crença de que a fumaça exalada quando queimados seus caroços cura as feridas ou úlceras. Outra crença é de que os paralíticos ficam curados se deitarem sobre grossa camada de suas folhas, previamente amassadas em água. É de rápido crescimento. Produz grande quantidade de frutos.
Partes utilizadas
Folhas, flores, raízes, frutos.
Indicações
Conjuntivites, diarreia, disenteria, erisipela, hematoma, hemorroida, inflamação dos olhos, retenção de urina, tônico cardíaco, vômitos espasmódicos.
Modo de usar
- Casca em decocção: hematomas, emética, adstringente, vomitório (febres biliosas e palustres), diarreia, disenterias, blenorragias, hemorróidas;
- Sementes contusas em decocção: retenção urinária;
- Infusão das flores: inflamação dos olhos, conjuntivites, tônico cardíaco;
- Decocto das flores serve para curar doenças dos olhos e da laringe;
- Infusão das flores: dores de estômago, prisão de ventre, febres biliosas;
- Frutos: “in natura”, sucos: auxilia no combate à hipertrifia do coração e às úlceras uterinas e vaginais, digestões difíceis, nos vômitos espasmódicos e nas cólicas;
- Refrescos, sorvetes, compotas, geleias; - licor (vinho de taperebá): benéfico nas cistites e uretrites;
- Suco dos frutos: estimular o funcionamento dos rins e contra febre;
- Decocção das raízes: diarreia, disenteria, hemorróidas, gonorreia (infecção sexualmente transmissível), leucorreia (corrimento vaginal);
- O chá das flores e folhas: aliviar dores de estômago, cistites, inflamações da garganta (efeito antimicrobiano do extrato obtido das folhas sobre bactérias do tipo gram positivas, tais como Staphylococcus aureus e Bacillus subtilis), relaxante do músculo liso e estimulante.
Propriedades medicinais
anti-inflamatório, anti-hemorroidal, antiblenorrágica, antidiarreica, antileucorréica, antimicrobiana, antiviral, diurética, estomáquica, febrífuga, tônico cardíaco.
Princípios ativos
Vitaminas A e C, cálcio, ferro, fósforo, carboidratos, substância tanóide.
História | Origem | Plantio | Habitat
É muito cultivada no Brasil, especialmente na Bahia. Há 3 variedades, sendo que algumas são doces e outras ácidas. Fornece madeira branca e de fácil trabalho, usada na marcenaria, carpintaria, marchetaria, canoas, cercas e sua sombra protege as demais plantas que a circundam, dado o seu tamanho imenso.
Família
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Anacardiaceae