Cajueiro (Anacardium occidentale)

  • Gripe

Da família das Anacardiaceae, também conhecida como cajú, anacardo, acaju, acajuíba, caju-manso, cajuzeiro;

Árvore que pode alcançar mais de 10 metros de altura, e que apresenta o tronco atarracas do, tortuoso, esgalhado a partir da base, ramos longos e sinuosos a formar fronde, coriáceas e, quando novas de tonalidade roxo avermelhadas.

As flores são pequenas, verdes, esbranquiçadas ou vermelhas.

O verdadeiro fruto (Castanha) se prende à extremidade da flor, sendo um aquênio reniforme. Cada castanha contém uma amêndoa. O pseudofruto desenvolve-se a partir do pedúnculo floral, tem a casca fina, de cor vermelha ou amarela, de acordo com a espécie, e é carnoso e suculento. Esse pedúnculo floral hipertrofiado que denominamos caju, varia no tamanho, na forma, na cor e no sabor.

Partes utilizadas

Casca do caule e ramos; casca e pedúnculo; casca da castanha; raiz; folhas, frutos, sementes, óleo.

Indicações

O cajueiro é utilizado como alimento in natura ou na preparação de doces caseiros, sucos e sorvetes. O suco feito de seu pedúnculo ou pseudofruto, puro e adoçado (a cajuada), é um saudável tônico refrigerante.

Clarificado e cozido produz a popular cajuína, bebida de cor âmbar, destanificada, refrescante e de excelente sabor. O suco é diurético e excitante. Do sumo ainda se obtém vinho, vinagre, aguardente e licor.

Apenas uma pequena parte da sua grande safra, infelizmente, é utilizada pela indústria pelo processamento do caju.

A goma purificada é usada pela indústria farmacêutica como agregante em comprimidos no lugar da goma-arábica produzida na África.

A castanha contém um óleo resina cáustica, conhecido como LCC (líquido da castanha de caju). A composição do LCC é principalmente de ácido anacárdico, cardol (11,31%) e seus derivados.

Dentro da castanha é que se encontra a amêndoa oleaginosa, comestível, conhecida e comercializada como castanha de caju.

O LCC causa forte irritação na pele, deixando cicatrizes quase indeléveis que jovens usam para fazer um tipo primitivo de tatuagem. O LCC espesso é de cor escura, tem uso popular para verrugas, calos, edemas, manchas na pele e tecidos de neoformação.

O uso em estado fresco do fruto (castanha) pode provocar lesões na pele, pois é terrivelmente cáustico. Quando as sementes são torradas perdem esta propriedade, tornado-se comestíveis, sendo um alimento saboroso, excitante e usado nos regimes de emagrecimento, tido pela sabedoria popular como fortificante da memória.

Nas práticas da medicina caseira são usados preparações de uso oral, feitos com a entrecasca, a goma, e o LCC (líquido da castanha do caju) de acordo com as tradições. O uso da casca do cajueiro ativa o metabolismo dos açúcares, principalmente das pessoas que têm o açúcar aumentado no sangue e na urina.

Nas regiões de mata brasileira as cascas são usadas para hemorróidas. Fazem o chá com a casca, adicionando broto de goiaba, raspa de amor-crescido e cajá. Para uso externo o uso do cozimento da entrecasca, em bochechos e gargarejos, como antisséptico anti-inflamatório nos casos de feridas e úlcera da boca e afecções da garganta, bem como para lavagem de feridas malignas. O broto de caju é utilizado para combater dores no estômago e problemas digestivos e deve ser fervido com broto de goiaba, embora sua eficácia e segurança ainda não tenham sido comprovadas cientificamente.

O sumo das folhas novas é utilizado para combater aftas. Sua raiz é purgativa. Os índios TICUNA da Amazônia usam o suco de seu pseudo fruto como preventivo contra gripes.

  • Indicações específicas: Gripe

Modo de usar

-Pseudofruto: diurético;

-Castanhas: fonte de nutrientes, controlar a diarreia, hipoglicemia, gripe.

- Decocção de 10 g da casca do caule e dos ramos em um litro de água, por 30 minutos.

Uso externo: tumores, inflamação da garganta, aftas, inflamações vaginais; adicionar água quente: banhar os pés: cansaço dos pés, frieiras; internamente: reduz os níveis de açúcar no sangue;

- Decocto da casca e suco do pedúnculo: reumatismo, diabete, tônico, avitaminose C, nematicida;

- Óleo da casca da castanha, uso externo: calos e verrugas, dermatoses rebeldes;

- Decócto da raiz: purgativo;

- Infusão ou decocção das folhas e cascas: fraqueza orgânica, debilidade muscular, glicose na urina, afecções catarrais, tosses, bronquites, escorbuto, cólicas intestinais, doenças da pele sifilíticas ou não, psoríase, dartros, eczemas, dispepsias, icterícia, adstringente, anti-inflamatória, antidiabético, anti-hemorrágico.

- Em gargarejos: inflamações da garganta e aftas, (na África ocidental): malária; externamente: lepra, verrugas, enfermidades da pele;

- Infusão das folhas: reduz a febre; lavar feridas e úlceras, diminuir os níveis de açúcar no sangue;

Na África, a infusão das folhas é utilizada para combater a malária.

- Frutas: diurética, diarreia, gripe; - extrato da casca: anticoncepcionais (nativos da amazônia).

Para diabetes : Coloque uma colher de chá do pó da casca do caule do caju vermelho, em uma xícara de chá de água em fervura. desligue o fogo, deixe em repouso por 24 horas e coe em uma peneira, Use para fazer bochechos, gargarejos ou para lavar feridas infeccionadas.

Feridas; infecção da garganta : coloque uma colher de sopa do pó da casca do caule em um copo de água em fervura desligue o fogo, deixe em repouso por 24 horas e coe em uma peneira. Use para fazer bochechos, gargarejos ou para lavar feridas infeccionadas.

diarreia; disenterias : coloque 3 colheres de sopa de folhas novas e frescas, cortadas em pedaços bem pequenos em 1/2 litros de água em fervura. Deixe ferver por 10 minutos e coe. Tome 1 copo toda vez que for evacuar. No caso de crianças deve ser dada metade da dose.

frieiras : Coloque 1 colher de chá de casca do caule em 1 litro de água em fervura. Deixe ferver por 15 minutos e coe em uma peneira. Despeje em uma bacia e acrescente mais 2 litros de água quente. Mergulhe o local afetado por 10 minutos a 15. Repetir a aplicação até a melhora.

Diabetes Coloque 1 colher (chá) do pó da casca do caule do caju vermelho em 1 xícara (chá) de água em fervura. Desligue o fogo, espere esfriar e coe em uma peneira. Tome 1 xícara (chá) 2 vezes ao dia.

Feridas, infecção da garganta Coloque 1 colher (sopa) do pó da casca do caule em 1 copo de água em fervura. Desligue o fogo, deixe em repouso por 24 horas e coe em uma peneira. Use para fazer bochechos, gargarejos ou para lavar feridas infeccionadas.

diarreia, disenterias Coloque 3 colheres (sopa) de folhas novas e frescas, cortadas em pedaços bem pequenos em 1/2 litro de água em fervura. Deixe ferver por 10 minutos e coe. Tome 1 copo toda vez que for evacuar. No caso de crianças deve ser dada metade da dose. Baixar o colesterol e triglicerídeos do sangue Consumir em pequenas doses (5 a 6 amêndoas) diárias.

Suplemento nutritivo (regime de emagrecimento) A semente torrada pode ser consumida 1 hora antes das principais refeições em pequenas quantidades. Alimento nutritivo Ingerir o pseudofruto ao natural, como sobremesa ou entre as refeições, e em sucos.

Frieiras, cansaço dos pés Coloque 1 colher (chá) de casca do caule em 1 litro de água em fervura. Deixe ferver por 15 minutos e coe em uma peneira. Despeje em uma bacia e acrescente mais 2 litros de água quente. Mergulhe o local afetado (pés ou mãos), por 10 a 15 minutos. Repetir a aplicação até a melhora.

Diabetes, eczemas, reumatismos, avitaminose C - Comer os pseudofrutos ao natural, ou sob forma de suco, 1 copo de 3 a 5 vezes ao dia.

Feridas e úlceras - Chá por decocção das folhas, banhar os locais afetados 3 vezes ao dia.

Verrugas, calosidades - Uso externo sob a forma de óleo, aplicado diariamente.

Propriedades medicinais

Adstringente, antidiabético, anti-hemorrágico, anti-inflamatório, antirreumático, antitérmico, ulcerogênica, cáustico, diurético, laxante, piscicide, purgante, tônico, vermífugo.

Princípios ativos

Proteína, fibras, carboidratos, cálcio, fósforo, ferro, ácido ascórbico, vitamina A e C.

Contraindicações | Cuidados

O óleo é um irritante de pele; o vapor do óleo é irritante se inalado.

História | Origem | Plantio | Habitat

No cultivo pouco exigente em relação ao solo, mas prefere climas com temperatura acima de 22 graus centígrados, com boa pluviosidade, mas necessita de um bom período de seca para produzir.

O caju com o fruto devem ser colhidos com rede acoplada a uma vara. O Caju pode ser consumido fresco, devendo ser guardado em geladeira. A folha e casca do caule devem ser secas ao sol e armazenadas em sacos de papel ou de pano. O revestimento externo da castanha de ve ser retirado manualmente, e a semente torrada.

É uma árvore originária do norte e nordeste do Brasil.

Família

  • Anacardiaceae

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