Calaguala (Polypodium lepidopteris)
Planta da família das Polypodiaceae, também conhecida como calaguala, huayhuashi-shupa, samambaia guaçu, feto macho. A samambaia é uma planta ornamental, herbácea.
A raiz é um rizoma tortuoso, carnudo, que fica semienterrado, recoberto de pecíolos remanescentes marrom-escuros, que produz longas fibras radiculares.
A folhagem nasce em uma coroa, que pode atingir entre 60 cm e 1,5m.
As folhas são bipinadas, oblongolanceoladas, alternas, sésseis, subdivididas em segmentos.
As folhas novas nascem enroladas, espiraladas, cobertas de finíssima penugem. Elas se abrem gradualmente enquanto crescem; Na página inferior das folhas há 2 linhas de esporângios recobertos castanho avermelhados. Os esporos são marrom-escuros.
Partes utilizadas
Planta inteira.
Modo de usar
Adultos: 10 a 20ml de tintura divididos em 2 ou 3 doses diárias, diluídos em água; 2g de erva seca (1 colher de sopa para cada xícara de água) de raízes em decocção até 3 vezes ao dia, com intervalos menores que 12h; Crianças acima dos 6 anos: 1/3 da dose.
Crianças: posologia por peso corporal: 0,4ml/Kg/dia com intervalos menores que 12h.
Propriedades medicinais
Antiasmática, anti-inflamatória, antirreumática, antitussígena, diaforética, diurética, expectorante, hepática, hipotensiva, peitoral, sudorífica, tônica.
Princípios ativos
alcaloides, ácido lepidoptérico, ácido lepdoptânico, fitosteróis, gomas, óleos essenciais, resinas, salicilatos, sambaíba, saponinas, substâncias albuminoides, substância gordurosa.
Contraindicações | Cuidados
Trombocitopenia, pessoas com distúrbios da coagulação e evidência de sangramento. Em diarreia crônica; Em trombocitopenia - seus salicilatos podem reduzir a adesividade plaquetária; Em pacientes com história de alergia à samambaia; em diabéticos e cardíacos, Evitar seu uso em pacientes com distúrbios da coagulação sanguínea.
Uso pediátrico: Em dores reumáticas. Também é útil nas bronquites com secreção espessa. Vermífugo.
Uso na gestação e na amamentação: Não há informações da sua farmacocinética ou sobre seu uso nestas condições. Evite-se.
Possíveis reações cutâneas de fotossensibilidade, com o uso externo, diarreia, náusea. Os sintomas incluem a dor de cabeça, dispneia, náusea, diarreia, vertigem, tremores, convulsões, e a falha cardíaca e respiratória.
Há relatos de superdosagem em crianças com o uso de substâncias isoladas. Caso ocorra, além das medidas usuais para intoxicação, tratamento sintomático para vômito, cólicas e diarreia deverão ser instituídos e dieta zero.
Toxicologia
Sem toxidade nas doses recomendadas. As doses terapêuticas são associadas com reações adversas.
Farmacologia
A atividade anti-inflamatória é conferida pelos salicilatos. O efeito expectorante e fluidificante é devido aos óleos essenciais. Os fitosteróis conferem atividade estrogênica, anti-inflamatória, aumentam a produção e a fluidificação da bile. O í3-sitosterol além da atividade hormonal reduz o colesterol sérico e diminui o tamanho da próstata nas hiperplasias benignas.
O efeito anti-helmíntico é devido aos ácidos orgânicos; O estrato aumenta a produção de bile e estimula a mucosa gastrointestinal. Grandes doses dos extratos são potencialmente tóxicas, tendo por resultado a fraqueza muscular, coma, e cegueira provisória ou permanente; Os compostos químicos filicina e filmarona são vermífugos ativos, que são particularmente tóxicos aos platelmintos cestoides.
Após a ingestão destes compostos, o parasita é expelido dentro de horas, porém um agente purgativo é tipicamente ingerido simultaneamente ao vermífugo para ajudar à expulsão; A oleorresina da samambaia paralisa o músculo voluntário intestinal e os músculos análogos dos cestodas, que então são prontamente eliminados pela ação do purgativo.
História | Origem | Plantio | Habitat
A samambaia tem sido usada na medicina tradicional para o tratamento de parasitas intestinais. O médico da antiguidade Paracelso, já reconhecia o valor da samambaia para tratar da dermatofitose.
Na medicina chinesa, os extratos são usados para tratar o sangramento nasal recorrente, sangramento menstrual pesado e feridas. Os componentes da planta têm sido usados como vermífugos veterinários.
Seu uso medicinal também é mundial, fazendo parte da Farmacopeia Popular da Europa, Medicina Tradicional Chinesa, Farmacopeia Homeopática, Tibetana, Aiurvédica, Indígena e do Herbalismo Tradicional Brasileiro.
É natural das zonas temperadas da Europa, Ásia, e Américas do Norte e do Sul. Ocorrendo no mundo inteiro.
Família
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Polygonaceae