Cana de Açucar (Saccharum officinarum)
Notável agente de conservação da carne e do peixe, e no estado de solução concentrada, de quaisquer doces, compotas, geleias, xaropes e medicamentos. Além de fornecer a garapa, o álcool, a cachaça, o açúcar mascavo, a cana-de-açúcar nos fornece também o tão usado açúcar refinado utilizado em grandes quantidades na indústria alimentícia. Desde longos anos se procura transformar a garapa, devidamente fermentada, em vinho branco, porém difícil é excluir por completo o aroma e o sabor característicos da cana, pois enquanto estes persistirem, não será um vinho perfeito. O bagaço da cana foi largamente empregado como combustível, além do que é uma fonte rica de celulose.
Indicações
É um alimento nutritivo e do qual não se perde partícula nenhuma, retardador da fadiga e fonte poderosa de energia, queimando-se parcialmente no sangue, mantendo sempre a tensão muscular, sendo que os músculos em ação rejeitam qualquer outro alimento, dando-lhe preferência, mas não basta à alimentação humana, por faltar-lhe o nitrogênio.
Substância que excita a secreção das glândulas salivares e a atividade do estômago, todavia sua exagerada ingestão pode ter sérias consequências, tais como a constipação do ventre, as afecções das gengivas, a corrosão dos dentes, a ulceração da boca, assim como os embaraços gástricos e uma supersecreção do ácido úrico.
Na região amazônica, o suco do colmo da planta, duas vezes ao dia, é utilizado para aumentar a lactação e para tratar a insônia.
Na região da Mata Atlântica, a infusão das folhas é usada como antidiurético, ao passo que decocção das raízes é amplamente usada como diurético e contra hipotensão.
A decocção dos bulbos é usada contra distúrbios dos rins e para expulsão de parasitas intestinais.
Outras indicações incluem a referência de que a espécie é útil internamente contra resfriados e anginas e externamente, contra úlceras da córnea, rachas dos seios, aftas, envenenamento com arsênico, chumbo e cobre, além de o açúcar servir para combate à pneumonia, tuberculose, escarlatina, erisipela, cólera, febres, vômitos da gravidez.
Muito utilizado na indústria farmacêutica, o açúcar entra para corrigir e mascarar o sabor desagradável de certos medicamentos, que se administram em forma de xaropes, elixir, es, pastilhas, etc.
O mais simples dos xaropes se prepara somente com água e açúcar. Sua simplicidade se supera quando se usa água destilada.
Se nesta água se encontram dissolvidas substâncias adequadas, resultam os xaropes medicinais.
No lugar da água, pode-se preparar também com infusões e cozimentos de plantas, ou com suco de ervas e frutos, e neste caso o açúcar atua como conservador e evita que entrem em fermentação e se decomponham.
Modo de usar
Aumentar a lactação, tratar insônia O suco do colmo da planta, duas vezes ao dia.
Diurético, hipotensor decocção de suas raízes.
Antidiurético infusão das folhas
Distúrbios dos rins e combater parasitas decocção dos bulbos.
Propriedades medicinais
Distúrbios dos rins, fadiga, estômago, aumentar lactação, insônia, parasitas intestinais, anginas, úlceras da córnea, rachas dos seios, aftas, envenenamento, pneumonia, tuberculose, escarlatina, erisipela, cólera, febres, vômitos da gravidez.
Princípios ativos
Do extrato das raízes foi isolado o éter glicosídeo aromático denominado vaniloil-1-O-beta-glucosídeo acetato. Foi isolado também o policosanol, um álcool alifático com alto peso molecular, capaz de diminuir os índices de colesterol em voluntários hipercolesterolêmicos.
O policosanol também foi capaz de prevenir as lesões espontâneas ateroscleróticas e na isquemia cerebral em animais.
O efeito antioxidante do policosanol foi observado sobre a peroxidação lipídica de membrana de fígado.
Além de hipocolesterolêmico, é antiplaquetário e não apresentou efeito tóxico.