Cardo de Ouro (Scolymus hispanicus)
Família das Compostas. Planta viloso crespa de raiz branca, um pouco carnosa, perpendicular, caule ramoso, até 80cm de altura, folhas radicais oblongo lanceoladas, espinescentes, às vezes marmorizadas de verde-claro sobre fundo verde-escuro, contraídas na base em forma de pecíolo e com a nervura média branca, as inferiores geralmente roncinadas ou pinatipartidas e as restantes sinuadas, brácteas acuminado cuspidadas, espinescentes; flores amarelo vivo dispostas em capítulos terminais e axilares, sésseis, quase sempre solitários no estado espontâneo; fruto aquênio comprimido, de papilho 2-4 escamoso (escamas denticuladas); sementes achatadas, amarelas.
Indicações
Os brotos e ás corolas têm aplicações diversas; os brotos, quando tenros e muito novos, são comidos como espargos; a raiz é diurética e as corolas servem para falsificar o açafrão. Tendo sido introduzida no Brasil é cultivada em grande escala em São Paulo, especialmente para o aproveitamento de suas raízes, que atingem até 30cm de comprimento e 2cm de diâmetro. São comestíveis cozidas ou fritas. Os s cultivam-na também e chamam-na de Barba geníile ou Cardoncello Silvático; os russos chamam-na Blochak, os espanhóis, de Cardillo e Cardo Maria; os ingleses de Golden íhrisíle, os árabes de Gernina, os franceses de Scolyme d'Espagne e, finalmente, os alemães, de Spahlscher Golddistel. Como se vê, é cultivada em quase todo o globo. Sua maior serventia, além de comestível, é a especialidade diurética.
Princípios ativos
Segundo Denaife, a raiz contém 14,93% de matéria hidrocarbonada, 1,93% de matéria azotada e 0,15% de matéria graxa.
História | Origem | Plantio | Habitat
Empregado na "alimentação humana há muitos anos, parece que até mesmo pelos antigos Gregos, mas cuja cultura nas hortas certamente ainda não completou o primeiro centenário; dela aproveitam-se a nervura média e a raiz, tendo esta maior valor e naturalmente gozando de maior apreço em todos os países onde cresce espontânea ou cultivada; certo que os horticultores entretanto, na África do Norte, sobretudo na Argélia, o povo despreza a raiz, porem aprecia a nervura. E procuraram por todos os meios tornar a planta menos selvagem, isto é, tirando-lhe ou diminuindo a quantidade de espinhos das folhas e ao mesmo tempo aumentando-lhe a massa carnosa da raiz, principalmente eliminando-lhe a parte central, às vezes lenhosa e, portanto, não comestível. Certamente já foi conseguido bastante nesse sentido.
Família
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Compostas