Casca d’Anta (Drimys winteri)

  • Laxante

Planta da família das Winteraceae. Herbácea essencialmente medicinal, principalmente a casca, que é perfumada, espessa, amarelada, quebradiça, muito amarga e acre, útil também na cura da paralisia, das dispepsias atônicas, das perturbações gástricas, dos catarros crônicos e das cólicas. Também muito conceituada para a cura completa, usada nas convalescenças, na fraqueza e nas anemias. É cultivada desde o México até a Patagônia. Fornece madeira amarelada com largas veias cor-de-rosa, às vezes castanho-claro, muito firme e fácil de trabalhar, servindo para carpintaria, caixotaria, lenha e carvão e obras internas de várias espécies. Não é muito resistente. É arbusto no Brasil, chegando apenas a 3 ou 4m de altura. Sua casca vermelho ferrugínea, ou cor de cinza, seus ramos avermelhados, folhas alternas, inteiras, simples, pecioladas, até 13cm de comprimento, verde claras na página superior e brancacentas na inferior, aglomeradas nos ápices dos ramos; suas flores são brancas, grandes, numerosas, solitárias ou reunidas em umbe axilares ou terminais, sépalas 2 ou 3, pétalas 6 ou mais; o fruto é uma baga vermelho-escuro, quase preto, do tamanho da pimenta-do-reino, contendo grande quantidade de sementes. À medida que vai para o sul, a árvore vai aumentando de tamanho sendo que, na Patagônia atinge até 30m de altura. É ornamental, podendo figurar nos jardins.

Partes utilizadas

Casca.

Indicações

Anemia, cólica intestinal, diarreia, dispepsia, dor no estômago, escorbuto, fraqueza, impotência sexual.

  • Indicações específicas: Laxante

Modo de usar

6 gramas de casca para um copo de água fervente.

Propriedades medicinais

Contém um princípio ativo, uma resina, um óleo etéreo e certa matéria gomosa, tudo muito amargo servindo portanto como estomáquica, antiescorbútica, diurético, laxante, anti-diarreica, sudorífica e tônica;

Contraindicações | Cuidados

Usar a dose recomendada e suspender imediatamente em caso de hipersensibilidade.

História | Origem | Plantio | Habitat

No Brasil chama-se casca-de-anta porque, conforme uma lenda, quando a Anta sente-se doente, recorre à casca desta árvore. Na Costa Rica o povo a mastiga para curar dor de dentes e, no México, usam-na como condimento. É parte da mitologia dos aborígines Araucanos que, sob sua sombra, celebravam seus ritos e suas festas. Na França é conhecida como Canelle de Magellan. Esta é a famosa "Casca de Winter", que salvou os tripulantes do navio de Sir Francis Drake de terrível epidemia, em 1557, todos atacados de escorbuto.

Nativa do Brasil Chile e Peru.

Família

  • Winteraceae

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