Cáscara Sagrada (Rhamnus purshiana)
Da família das rhamnaceae. Arbusto frondoso, de ate 6m de altura. Os ramos são cinza tomentosos quando jovens. As folhas são oblongo ovadas, verdes, margens denteadas. As folhas jovens são tomentosas, mas não se tomam coriáceas nem no inverno; redondas na base e ás vezes mais estreitas no pecíolo; Flores branco amareladas reunidas em inflorescências paniculadas, axilares. O fruto é púrpura escuro. As sementes são ovadas e pretas.
Partes utilizadas
Casca seca do tronco e dos ramos.
Indicações
É muito útil em casos de prisão de ventre crônica. Facilita o funcionamento da vesícula e a digestão.
Modo de usar
- Infuso ou decocto: 25g/litro de água. Laxativo: 50 a 100 ml ao dia. Purgativo: 200 ml ao dia. - Deixar ferver ½ litro de água, despejar o equivalente a 1 colher de sopa do chá. Desligar o fogo, abafar, deixar esfriar e coar. Tomar 1 copo 1 x ao dia.
- Pó da casca: laxativo: 0.25 a 1 gr./dia; purgativo: 3 a 5 gr./dia. Seus efeitos são percebidos de 8 a 12 horas após a ingestão, conforme a sensibilidade individual.
Propriedades medicinais
Purgante, colagogo e eupéptico.
Princípios ativos
Ácidos graxos, glicosídeos, antraquinonas, glicosídeo (shesterina) e o ramnicosideo.
Contraindicações | Cuidados
Pode induzir diarreia. Se usada por mais de dois meses seguidos, provoca inflamações crônicas no intestino, cólicas intestinais, dores espasmódicas gastrintestinais e perda excessiva de líquidos e sais minerais. A casca fresca, sem secagem prévia, pode provocar vômitos, cólicas violentas, diarreia, queda de pulsação e aumento do fluxo menstrual, devido a ramnotoxina e a presença de antraquinonas reduzidas. Acima de 8 gr./dia pode causar diminuição da pulsação, queda de temperatura e hipopotassemia.
Toxicologia
Mulheres grávidas, nutrizes e pessoas que sofrem de dor de estômago, colite, obstrução intestinal, doenças inflamatórias agudas dos intestinos e apendicite, úlcera duodenal ou gástrica, refluxo do esôfago, diverticulite.
História | Origem | Plantio | Habitat
Seu nome, de origem espanhola, é usado no mundo inteiro; após os colonizadores terem-na descobertos com indígenas norte-americanos que já a utilizavam com finalidades medicinais.
Nativa do oeste dos EE.UU. - Montanhas Rochosas, e cultivada da costa do Pacífico ao Canadá, região andina e leste da África.
Família
-
Rhamnaceae