Cavalinha (Equisetum arvense, Equisetum xylochaeton)
Da família das Equisetaceae, A cavalinha ou rabo-de-cavalo, rabo-de-raposa, rabo-de-cabra, rabo-de-rato, é uma planta da família das Equissetáceas, pertencente ao grande grupo das Criptógamas vasculares.
É uma erva sem flores, mas possui hastes, raízes e folhas. Muito comum nos terrenos úmidos e saibrosos.
Entre as plantas nativas é uma das mais ricas em sílica, da qual as suas cinzas contêm até 90%. Contém igualmente sais de potássio.
Segundo todos os autores a planta possui ação tríplice em fitoterapia: diurética, hemostática e remineralizante. Recomenda-se também nos casos de incontinência urinária. Aconselha-se, neste caso, fazer uma decocção em partes iguais de rabo-de-cavalo e de hiperição (milfurada). Toda a planta contém propriedades ativas. Usa-se contra a transpiração dos pés, sob a forma de tintura, em banhos preparados com essa planta.
Para estancar as hemorragias utiliza-se o vinho de cavalinha, que se obtém com a maceração prolongada de 15 ou 20g da planta em um litro de vinho branco, que se toma pela manhã, em jejum, na dose de copo comum. Para uso externo o mesmo vinho serve como boa loção, e alguns autores falam do pó da planta, para vários usos, o qual se obtém secando ao forno as plantas recolhidas no início da primavera, reduzindo-a em seguida a pó, que se deve conservar em lugar seco, numa vasilha hermeticamente fechada.
Este pó, na medida de 30 a 50g por quilograma de líquido, fervido em água, produz uma decocção, depois de meia hora de fervura, a qual, ao ser ministrada de duas em duas horas, na dose de 60 a 90g de cada vez, produz efeitos benéficos contra as diarreia, os escarros de sangue. Produz resultados também como diurético e emenagogo, se tomada em xícaras grandes pela manhã e à noite.
Partes utilizadas
Astes e folhas.
Indicações
É usada com frequência nos períodos de desintoxicação. Combate as rugas e estrias da pele, unhas frágeis, flacidez mamária, úlceras varicosas, abcessos, feridas infectadas, eczemas, conjuntivites.
Modo de usar
- Gargarejo: laringites; - compressas: feridas de difícil cicatrização, erupções cutâneas, úlceras;
- Lavagens: feridas de difícil cicatrização, erupções cutâneas, úlceras, pés com transpiração excessiva;
- Infusão de 2 colheres de sopa da erva picada em 500 ml de água. Tomar 2 a 3 xícaras ao dia: hemorragias, anemia, pressão alta, acne, espinhas, clarear o cabelo, remineralizante, diurético, hemostático, epistase;
- Infusão de 30 g da erva (caules estéreis) em 2 litros de água por 15 minutos. Para celulite: coe e despeje na banheira. Tome banho de imersão por 20 minutos. 2 ou 3 vezes por semana.; - infusão de 80 grs fresca ou 40 grs seca de erva em 1 litro de água caule: cataplasma nos locais do corpo propensos a celulite;
- Infusão ou decocto a 5%. Tomar 50 a 200ml/dia: diurético;
- Pó: 1 a 2 g por dia, após as refeições. (para crianças usar metade da dose): remineralizante; Uso externo: vapores, compressas, banhos, gargarejo; - infusão da raiz: diurética, remineralizante, reduzir a flacidez da pele e músculos (depois de dietas de emagrecimento).
Propriedades medicinais
É diurética e hemostática.
Princípios ativos
Glicosídios, sílica, saponina, equisetonina, equisitina, palustrina alcaloides, potássio, ácido oxálico, málico e aconítico.
Contraindicações | Cuidados
Doses excessivas podem provocar torpor, distensão abdominal, diarreia, hipotensão arterial, taquicardia, coma e até morte.
Toxicologia
É tóxica em grandes doses. Provoca fraqueza, ataxia, exaustão muscular e falta de apetite.
História | Origem | Plantio | Habitat
Multiplicação por estacas dos rizomas ou por esporos bissexuados;
É cosmopolita. Prefere solos úmidos e pantanosos, ricos em matéria orgânica. Planta-se o ano todo em espaçamento de 30cm entre plantas e 50cm entre fileiras. Pode ser plantada em terrenos livres ou em canteiros. É exigente em irrigação;
Colhem-se os caules estéreis.
América do Sul.
Família
-
Equisetaceae