Coroa de Cristo (Euphorbia milii)
Da família Euphorbiaceae. Diz a lenda que com ela tenha sido usada para confeccionar a abominável coroa de espinhos colocada em Jesus Cristo.
É uma planta medicinal, porque sua casca e sua raiz são adstringentes, encerram tanino e são empregadas no curtimento de couros.
Seu fruto é tido como diurético, antidiarreico e antileucorreico. Suas sementes têm propriedades peitorais e seus espinhos são aproveitados na Europa para enfiar os figos que devem ser conservados secos. É planta muito elegante, de fácil multiplicação e crescimento vagaroso.
Conhecida também como argalou, na França. Aqui no Brasil é também conhecida por espinho-de-cristo, espinho-de-judeu e espinho-. Na Itália é conhecida pelos nomes de marruca bianca, soldino, spin bolognese e spino cervino.
Esta é a espécie cientificamente denominada Paliurus australis Gaertn., da família das Ramnáceas, é um arbusto rarissímo medindo até 4m de altura, às vezes arborescente, com folhas alterno disticadas, pecioladas, obliquamente ovais, agudas 3-nervadas, finamente crenadas, saliente nervadas, glabras e com dois espinhos fortes, agudos, um reto e outro curvo, na base de cada folha.
As folhas são pequenas, amareladas, de cálice rotáceo e 5-partido, dispostas em racimos compostos, pequenos axilares; seu fruto é samaroide globoso, quase alado, castanho amarelado.
Produz madeira dura e elástica que serve para carvão para pólvora. Muito usada também para a confecção de bengalas.
Indicações
Puramente ornamental.
Modo de usar
Lesões de pele: cuidados higiênicos, lavagem com permanganato de potássio 1:10.000, pomadas decorticóides, anti-histamínicos VO. Ingestão: Evitar esvaziamento gástrico. Analgésicos e antiespasmódicos. Protetores de mucosa (leite, óleo de oliva). Casos graves: corticoides. Contato ocular: lavagem com água corrente, colírios antissépticos, avaliação oftalmológica.
Propriedades medicinais
Látex irritante, adstringente, diurético, antidiarreico e antileucorreico.
Princípios ativos
Taninos.
Toxicologia
Todas planta tóxica.
Seiva leitosa causa lesão na pele e mucosas, edema (inchaço) de lábios, boca e língua, dor em queimação e coceira; o contato com os olhos provoca irritação, lacrimejamento, edema das pálpebras e dificuldade de visão; a ingestão pode causar náuseas, vômitos e diarreia.
História | Origem | Plantio | Habitat
É originária da Síria e muitíssimo cultivada no Brasil, como ornamental, principalmente no Rio de Janeiro.
Família
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Euphorbiaceae