Dama Entre Verdes (Nigella damascena)
Por este nome ou pelo de damas-entre-verdes, são conhecidas algumas espécies da família das ranunculáceas, originárias da Europa e muito comuns nos jardins, pela beleza e singularidade de suas flores.
Planta de caule ereto, ramoso, estriado, até 50cm de altura; folhas alternadas, sésseis, multífidas, decompostas em muitos segmentos ou divisões finas, lineares, agudas; flores solitárias, terminais, de 30-35mm de diâmetro, azul pálido ou brancacentas, acompanhadas por numerosos segmentos quase capilares transformados em brácteas persistentes e formando, sob o cálice, como que um invólucro maior que a flor; sépalas oval lanceoladas, unha mais curta que o limbo; constituída por 5 carpelos 1-nervados, lisos, com os ovários soldados entre si e em toda a extensão; sementes trígonas, transversalmente rugosas.
Nas culturas do Chipre a produção de sementes é estimada em 23g por metro quadrado. Esta planta oferece a particularidade de que o epicarpo e o mesocarpo destacam-se do endocarpo, de modo que cada loja primitiva se encontra desdobrada em duas, sendo uma externa, estéril e falsa, e outra interna e fértil, que é a verdadeira.
Os horticultores obtiveram uma variedade de flores azul-celeste (Miss Jekyll), outra de flores brancas e dobradas e, ainda, outra anã, de flores também dobradas, porém cujo porte não excede 30cm, e por isto é a preferida para bordas de canteiros
Indicações
Passou por ser espécie emenagoga e excitante dos órgãos genitais, as sementes são carminativas e diuréticas, também aconselhadas contra as dores de cabeça, desprendem um aroma igual ao do Morango e por isso, na Alemanha, empregavam este fruto na confecção dos sorvetes, tendo sido antigamente usadas também como condimento, em lugar das de N. sativa, L.; no Egito entravam no preparo de uma conserva especialmente apreciada pelas mulheres e à qual adicionavam gengibre, canela-da-índia, âmbar-cinzento, açúcar.
Princípios ativos
Ácido tânico, cafeína, damianina, óleo essencial, pepsina, princípios amargos, resina, tanino.
História | Origem | Plantio | Habitat
planta glabra ou quase glabra, de caules ásperos e eretos, até 60cm de altura; ramos fortes, curtos, divergentes e ascendentes; folhas alternas, sésseis, 2 ou 3 vezes pinatisectas, decompostas em segmentos menos finos que os da espécie anterior; flores solitárias, terminais, de 5cm de diâmetro, azul-claro ou brancacentas, desprovidas de invólucro e com as sépalas largo ovais contraídas em unha curtíssima; o fruto é uma cápsula de largura e comprimento quase iguais, constituída por 8-10 carpelos 1-nervados, soldados até o ápice, denso-glanduloso-rugosos, sementes lisas e não-punctuadas.
Nesta planta cultivada nos jardins já aparace um invólucro idêntico ao da N. datnascena embora não tão delicado; os horticultores obtiveram também variedades de flores brancas e de flores purpúreas com estames vermelhos, todas valiosas para os jardins como excelentes para cortar e para confeccionar ramalhetes.
Família
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Ranunculaceae