Douradinha do Campo (Waltheria douradinha)
Da família das Escrofulariáceas. Várias espécies existem desta planta, medicinais, quase todas elas.
Esta é uma planta anual, herbácea, de caule quadrangular, medindo até 10 cm de altura, difusa e ramosíssima desde a base, seus ramos semiprostrados ou ascendentes, filiformes, glabros ou hirtos nos ângulos; suas folhas opostas, curto pecioladas, distanciadas, obtusas subcordiformes ou arredondadas na base até 3 cm de comprimento e 2 cm de largura, crenadas, serradas, crasso-crustáceas nas margens e suas flores axilares, mais geralmente solitárias, azul purpúreo, com cálice 5-denteado e profundamente dividido, com os dentes triangulares e agudos; corola bilibiada, lábio superior côncavo e lábio inferior 3-lobado, ovário 2-locular; o fruto é uma cápsula oblongo elíptica, bivalve, membranosa, do tamanho de uma ervilha e inclusa no cálice. Muitas sementes elíptico angulosas, ligeiramente rugosas, amareladas.
É antibiliosa, diurético purgativa, emeto-carártica e emenagoga, porém há uma suposição de que é venenosa.
Em alguns países ocupa o primeiro lugar na Medicina caseira.
Vive na África, na Ásia, Austrália e em quase todo o mundo.
A espécie Waltheria communis, St. Hil., da família das Esterculiáceas, já é uma planta arbustiva, lenhosa, tomentosa ou hirsuta, pequena, até 40cm de altura, com flores hermafroditas, pequenas, branco amareladas, dispostas na axila da folha superior, pétalas plenas e 4 ou 5 estames; seu fruto é uma cápsula glabra na base e hirta no ápice.
É estimulante, antidisentérica, sudorífica, emética e diurética.
Muito recomendada contra o catarro brônquico e moléstias pulmonares, além de curar as cistites e as blenorragias.
Uma outra espécie, W. douradinha St. Hil., da mesma família, é também planta lenhosa, de caule solitário e suas folhas e flores em infusão são úteis internamente nas afecções catarrais e externamente na lavagem de feridas, principalmente as de origem sifilítica.
A homeopatia a emprega com o nome de Slemodia arenaria. Vegeta, de preferência nos lugares pedregosos.
Partes utilizadas
Folhas e cascas dos ramos.
Indicações
Reumatismo, ácido úrico, gota, estimulante, doenças da pele (erupções, coceiras, furúnculos, feridas, eczemas, úlceras externas), cólicas renais, abaixar a pressão arterial, furunculose, afecções dos rins e bexiga, cistite crônica, dificuldades em urinar, disenteria, catarro crônico, afecções pulmonares, blenorragia, tosse, bronquite, doenças sifilíticas, amolecer tumores.
Modo de usar
- Infusão de 20 g de folhas e casca dos ramos em um litro de água: uso externo e interno. Tomar 4 a 5 xícaras (tamanho chá) ao dia;
- Tintura da casca: tônico cardíaco.
Propriedades medicinais
Depurativa enérgica, diurética, emagrecedora, antialbuminúrica, cardiotônica, hipotensora, anti-inflamatória, estimulante, emética, sudorífica, emoliente.
Princípios ativos
Alcaloides, taninos , saponinas.
Contraindicações | Cuidados
Evitar seu uso em pacientes com distúrbios da coagulação sanguínea.
Família
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Escrofulariaceae