Equinácea (Echinacea angustifolia)
Pensa-se que esta planta das planícies da América do Norte estimula a capacidade do corpo para resistir a infecções e combate a toxicidade. Tomada para tratar ou prevenir constipações, gripes e infecções virais, também ajuda a tratar distúrbios de pele, tais como eczema e acne.
Planta da família das Asteraceae, também conhecida como flor-de-cone, púrpura.
Seu caule tem entre 30 à 50 centímetros de comprimento e as folhas são lanceoladas, hirsutas, afinando nas pontas, e maiores na base do que no ápice da planta.
A raiz e o rizoma são afunilados, cilíndricos, ligeiramente espiralados, e têm aroma suave e sabor adocicado.
É uma planta anual e resistente, que apresenta flores roxas em forma de margarida, com o miolo espinhoso.
Partes utilizadas
Raiz e rizoma.
Indicações
Câncer, difteria, erisipela, furúnculos, gangrena, hemorróidas, impurezas no sangue, manchas na pele, pele inflamada ou irritada, resfriados, sardas.
É útil em casos de dispepsia fermentativa e febres, inclusive febre tifóide, ela atualmente é usada como estimulante do sistema imunológico.
Combinada em partes iguais com verbasco, mirra e açafrão, é um excelente remédio caseiro para infecções por estreptococos.
Constipações, gripes e infecções bacterianas e virais
A equinácea em tintura, comprimidos ou cápsulas é muito tomada para acelerar a recuperação de constipações, garganta inflamada e infecções respiratórias. Também melhora a resistência imunológica das pessoas propensas a constipações ou crises de herpes recorrentes ou com persistência de sintomas tipo gripe.
Nestas situações, conjuga-se bem com flor ou baga de sabugueiro. A tintura diluída dá um bom colutório ou gargarejo e pode ser usada para lavar erupções cutâneas e feridas infectadas.
Pode auto tratar infecções bacterianas como a sinusite, a amigdalite e a bronquite crônica com equinácea, de preferência conjugada com remédios como o alho (Allium satiourri) e a hidraste (Hydrastis canadensis), mas se tiver 39 °C (ou mais) de febre, deve consultar um profissional.
Embora haja bons indícios da eficácia desta erva ainda há quem a questione. Talvez a dosagem usada em alguns testes clínicos tenha sido baixa demais ou não se tenham estudado as espécies/partes da planta certas. Pensa-se que E. angustifolia e os extratos do suco acabado de espremer das partes aéreas de E. purpúrea são os mais fortes.
Reforço imunitário e desintoxicação
A equinácea estimula a imunidade não específica, aumentando o número e a atividade dos glóbulos brancos. Assim, é um bom remédio sempre que o sistema imunológico está sobrecarregado com uma infecção crônica ou resíduos tóxicos, como o inchaço dos gânglios linfáticos, furúnculos recorrentes, dor de cabeça crônica ou garganta inflamada.
Usada com cuidado — sob vigilância — ajuda a limpar o sistema linfático, promovendo a resistência a infecções subjacentes, como problemas fúngicos, e melhorando a vitalidade. A equinácea não é adequada para o auto tratamento de distúrbios auto-imunes ou da infecção por HTV.
Mordida de cobra
O conhecimento do valor medicinal da equinácea chegou até nós através da experiência dos ameríndios. Usada tradicionalmente para tratar mordidas de cobra, tem sido usada para prevenir infecções sépticas em feridas e para tratar dores de dentes, garganta inflamada e raiva.
Modo de usar
200 mg de estrato padronizado em 16 % de polissacarídeos e 4 % de echinacosídeos 2 a 3 vezes ao dia.
Propriedades medicinais
Afrodisíaca, antialérgica, antibiótica, anti-inflamatória, antimicrobiana, antisséptica, estimulante imunológico, depurativa, fortificante, tônico linfático.
Princípios ativos
Acetato de bornil, ácido caféico, ácido chicórico, ácidos graxos, alcamídeos, betaina, borneol, cariofileno, cinarina, echinacina, equinacosídeo, inulina, isotussilagina, resina, polialcanos, polissacarídeos, sacarosídeos, tusselagina.
Contraindicações | Cuidados
Não recomendada para doenças que podem afetar o sistema imunológico, com o diabetes, esclerose múltipla, aids, tuberculose, leucemia, lupus eritematoso.
Pode induzir o excesso de salivação em algumas pessoas e algumas doses podem provocar náuseas e vertigens.
História | Origem | Plantio | Habitat
América do Norte.
Família
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Asteraceae