Gervão Roxo (Stachytarpheta jamaicensis)
Da família das Verbenaceae, também conhecida como aguará-podá, aguarapondá, chá-do-brasil, ervão, gerbão, gervão, gervão-azul, gervão-folha-de-verônica, gervão-legítimo, orgibão, rinchão, uregão, urgebão, urgervão, vassourinha-de-botão, verbena, verbena-azul. Arbusto de folhas ligeiramente ovais, flores pequenas e azuis.
Partes utilizadas
Folhas, raízes.
Indicações
Amebíase, afecções renais e gástricas, bronquite, cefaleia, contusão, debilidade orgânica, distúrbio nervoso, eczema, erisipela, ferida, fígado, furúnculo, hepatite, inchaço do baço, inseticida, machucadura, prisão-de-ventre, rouquidão, resfriado, úlceras, tumores, vitiligo.
Uso pediátrico : As mesmas Indicações possíveis,
Uso na gestação e na amamentação : Contra indicado, por seus efeitos abortivos. Em alguns sistemas herbalistas é usada como lactagoga.
Modo de usar
Adultos: 4 a 6ml de tintura divididos em 2 doses diárias, diluídos em água; 2g de planta fresca ou 1 9 de planta seca (1 colher de sopa para cada xícara de água) em infuso ou decoto 2 vezes ao dia, com intervalos menores que 12hs; Cápsulas: 1 a 2g 2 vezes ao dia; Crianças: tomam de 1/6 a Y2 dose de acordo com a idade e o peso corporal.
Propriedades medicinais
Analgésica, antibacteriana, antidiarreica, antiemética, antiespasmódica, anti-hemorroidária, antiartrítica, anticatarral, antilítica, anti-inflamatória, antirreumática, antiasmática, antidisentérica, anti-hipertensiva, anti-hepatotóxica, antioxidante, antipirética, béquica, cicatrizante (raiz), detersiva, diurética, emenagoga, estimulante das funções gastrointestinais, febrífuga, hepática (raízes), inibidora da secreção gástrica, indutora da motilidade intestinal, laxante, sudorífica, sedante, tônica eupéptica, vermífuga, vulnerária.
Princípios ativos
Verbascosídeo, ácidos clorogênico, g-aminobutírico, cafêico e ursólico; dopamina, N-dotriacontano, hentriacontano, ipolamida, N-nonacosano, N-pentriacontano, a-espinasterol, tafetalina, fridelina, hispidulina, escutelareína, estarquitafina, citral, geraniol, verbenalina, dextrina e ácido salicílico.
Contraindicações | Cuidados
Gestação; Hipotensão arterial - por suas propriedades vasodilatadoras; Em pacientes com história de alergia à aspirina - a variedade S. cayenensis (mas não a S).(jamaicensis) contém ácido salicílico que é um precursor natural da aspirina.
Farmacologia
Vários desses princípios ativos já tiveram atividade biológica comentada, que justificam seu uso popular, especialmente para afecções hepáticas e respiratórias.
O primeiro foi o glicosídeo iridóide chamado verbascosídeo ou acetosídeo, presente em várias espécies. Um antioxidante potente, revelou-se hepatoprotetor, antiviral, bactericida, hepatoprotetor, cardioativo e antitumoral em pesquisas clínicas.
Um flavonoide chamado escutelareina teve atividades cardioprotetoras, anti inflamatória e antivirais documentadas. Outro flavonoide - hispidulina - presente na verbena e é considerado o mais ativo componente das 3, com atividade antiasmática, broncodilatadora, antiespasmódica, hepatodepurativa e normalizadora da viscosidade sanguínea; Os primeiros estudos publicados em 1962, por pesquisadores indianos, relatam a atividade antiespasmódica e vasodilatadora da planta em pequenos animais; Em 1990, 2 estudos clínicos relataram que extratos da folhas tiveram efeito larvicida. Em 1998, o efeito anti-inflamatório e analgésico foi demonstrado em cobaias - animais pré-tratados com gelvão não desenvolveram inflamação induzida por agentes químicos.
Os componentes isolados, verbascosídeo e ipolemiida, testados individualmente, demonstraram efeito anti-inflamatório marcante de 94% e 70% respectivamente, inibindo a reação da histamina; Num estudo brasileiro de 1995 foi demonstrado o efeito antidiarreico em cobaias.
Também no Brasil, em 1997, foram demonstrados efeitos antiácidos, antiulcerosos e laxativos em cobaias: o extrato aquoso da planta inteira aumentou a motilidade intestinal, protegeu contra úlceras de vários agentes químicos e inibiu a secreção gástrica. Os pesquisadores observaram as mesmas propriedades histamina-bloqueadoras nesse modelo com úlcera que foi observado no modelo anti-inflamatório, com outras possibilidades de ação. A conclusão foi que: "quaisquer mecanismos envolvidos, os dados confirmam a eficácia da"; planta como antiácido. antiulceroso e laxativo ".
Nos estudos realizados com animais (realizados até agora) não foi observada nenhuma toxidade no Uso oral em até 2g1Kg de peso corporal; Hoje em dia a medicina herbalistas considera o Gelvão um remédio natural seguro quando preparado em infusos e decoto para uso interno e externo; Há 1 relato de um pesquisador panamenho que fez injeções intraperitoniais em cobaias de dosagens variadas do extrato da folha relatando efeitos tóxicos e morte nas dosagens mais altas; Os herbalistas e a população da América do Sul já conhecem bem o Gervão como remédio natural para problemas digestivos, respiratórios, como anti-histamínico e anti-inflamatório; Na América do Norte os herbalistas estão começando a aprender sobre seus muitos Usos - Sua popularidade aumentará certamente à medida que mais pessoas souberem de sua eficácia comprovada.
História | Origem | Plantio | Habitat
É usado pela população indígena e na medicina popular de todas essas regiões há centenas de anos, sendo documentado desde 1898.
É nativa de toda a América tropical, sendo considerada uma invasora, mas também é cultivada como ornamentai, por suas belas flores e folhagem. A Família Verbenaceae conta com 100 gêneros e 2.600 espécies.
Família
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Verbenaceae