Lilás da Índia (Melia azedarach)
Planta da família das Meliaceae, também conhecida como azerdaque, lírio china, lírio do japão, lilás do japão, cinamomo, santa bárbara, paraíso. Árvore ou de folhas caducas e de curta duração, atinge 15 metros ou mais, com tronco curto e copa difusa e aberta. Casca superficialmente fissurada. Ramos jovens revestidos por pelos estrelados caducos.
Folhas até 90 cm, alternas, bipinuladas, com numerosos folíolos; cada folíolo tem forma ovado lanceolado, são serreados ou lobados e algo lustrosos.
Inflorescência grande e pauciflora.
Flores fragrantes, lilás, geralmente pentâmeras.
Frutos tipo drupa, semi-arredondados, cerca de 15 mm de diâmetro, amarelos, lisos, mas tornando-se rugosos; ligeiramente carnosos, em geral presentes durante todo o ano. Floresce na primavera durante os meses de setembro, outubro e novembro.
Frutos maduros no outono e inverno, quando as árvores estão desfolhadas.
Partes utilizadas
Casca da raiz, fruto e folhas.
Indicações
É empregado internamente como vermífugo e, externamente, para lavar feridas, constituindo um linimento útil contra as afecções reumáticas e nevrálgicas (Macfayden).
Os indígenas do Congo acreditam na sua eficácia para curar a escrofulose e a lepra; também na índia reputam-no sucedâneo do óleo de Chalmogra para combater a última dessas moléstias porém ainda nada há de positivo.
Em alguns lugares usam-no como um simples óleo para o cabelo. Finalmente é uma árvore digna do apreço que sempre teve como ornamental e, com certeza, também como industrial.
Princípios ativos
Seus frutos tem três partes distintas: a polpa externa, o caroço e as sementes, sendo que a primeira, reputada a mais venenosa, entra na farmacopeia indiana, tem sabor fortemente açucarado e, segundo análise cuidadosa (Riotard), encerra 9,44% de água, 3,48% de cinzas, 12,15% de matérias azotadas, 27% de glicose, 2,88% de sacarose, ou seja, no total 29,88% de matérias açucaradas ou, em relação ao fruto inteiro, 18,72% de açúcares, sendo 16,91% de açúcares diretamente redutores e 1,81% de açúcares redutores por inversão. Isto representam aproximadamente 10% de açúcar em relação ao fruto seco ao ar, o que justificaria a sua exploração industrial para obter-se álcool não potável.
As sementes dão 37,73% de óleo fixo, amargo, amarelo pálido ou esverdeado, de belo aspecto e muito fluido, o qual se solidifica a 18°C e pode servir para a fabricação de vernizes e pastas para calçado (Fendler), mas o seu aproveitamento não é possível, sob o ponto de vista econômico, porque os caroços que as contêm são muito duros e difíceis de quebrar, além de que a quantidade de óleo, em relação ao peso total do fruto, representa apenas 6,95%.
Contraindicações | Cuidados
Não usar em casos de diarreia crônica. Em doses elevadas causa alterações do ritmo cardíaco diarreia, vômitos e choque. As medidas usuais para intoxicação deverão ser tomadas.
Sintomas de intoxicação: cólica, vômitos, sede intensa, diarreia sanguínea, sudorese, extremidades frias, pulso falho, paralisia, respiração irregular.
Posologia:
História | Origem | Plantio | Habitat
Índia, também é comum em Burma, China e Pérsia.
Família
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Meliaceae