Melaleuca (Melaleuca alternifolia)

  • Problemas de pele

Na medicina dos aborígenes da Austrália, usavam-se as folhas da malaleuca, esmagadas e inaladas ou em infusão, para tratar todo o tipo de infecções. Hoje. usa-se o óleo essencial, cuja ação antisséptica combate eficazmente infeções fúngicas que afetam o cabelo, a pele e as unhas.

Planta da família das Myrtaceae, também conhecida como árvore de chá e mirto de mel. Trata-se de uma árvore não muito grande. O tronco tem casca esbranquiçada, semelhante ao papel. Brotos jovens tomentosos, ramos adultos glabros. Folhas coriláceas simples, de 1 a 2,5 centímetros de comprimento, agudo lanceoladas, falciformes, com glândulas de óleo; A inflorescência é uma espiga de 3 a 5 centímetros de comprimento. Flores sésseis com epicálice campanulado onde se fixam as sépalas. Pétalas livres com muitos estames, ovário inferior com 3 partes. O fruto é uma cápsula lenhosa com 3 a 4 milímetros de diâmetro.

Partes utilizadas

óleo essencial das folhas, folhas.

Indicações

infecção bacterianas, virais ou fúngicas da pele, como pé de atleta, verrugas, úlceras, impetigo, pruridos, pé de atleta, herpes, acnes, psoríase eritemas solares, piolhos e candidíase vagina. A Melaleuca leucadrendron é recomendável em casos de sinusite, bronquite, infeções estomacais, lombrigas, reumatismo, nevralgias, contrações musculares, gota e diversas infeções cutâneas. O óleo da Melaleuca cajuputi usado como analgésico e antisséptico, como da M. leucadrendron.

Uso cosmético : Utilizar diluído em água para uma eficaz limpeza cutânea e para tratar as borbulhas. O óleo da M. alternifolia é útil na elaboração de cremes para mãos e o corpo.

Uso caseiro : O óleo do M. leucadrendron é um potente inseticida, sendo utilizado igualmente no fabrico de detergentes. Também se usa na pastelaria como potenciador de sabor.

  • Indicações específicas: Problemas de pele

Modo de usar

O óleo de melaleuca é encontrado como óleo essencial ou na composição de cremes, loções, shampoos, em concentrações de 10%; Nos géis, sua concentração deverá ser de 5%; O óleo essencial deverá ser usado com cautela, preferencialmente diluído a 2% ou 5% em água ou outro óleo vegetal. Para enxágue bucal e colutório, 3 gotas em água 3 vezes ao dia; A mesma quantidade para inalações e duchas vaginais. pode-se fazer uma solução a 2% ou 5% com água e álcool; folhas aplicadas nas áreas infectadas do corpo; inalar o chá para tratamento respiratório.

Infecções na pele : O óleo da árvore do chá usa-se para pequenas infecções fúngicas ou bacterianas na pele. Em furúnculos, borbulhas de acne e pequenas áreas infectadas por fungos, aplique o óleo puro, com moderação, duas vezes por dia. Para áreas maiores, dilua o óleo de árvore do chá cm óleo de maravilha (Calendula officinale) ou de germe de trigo (Triticum vulgare) — 1 parte de óleo de árvore do chá para 20 partes de excipiente - e massaje.

Infecções nos ouvidos : Para infecções do canal do ouvido externo ou dores de ouvidos ligeiras, deite 1-2 gotas de óleo puro em algodão e durma com ele no ouvido. Este óleo conjuga-se bem com o de alfazema — use 1 gota de cada

Infecções vaginais : Para infecções vaginais, como a candidíase, pode aplicar na área afetada o óleo diluído, mas pode arder. É melhor usar pessários de árvore do chá. Introduza um todas as noites durante 3-4 dias, pare uns dias e recomece se necessário.

Propriedades medicinais

Antisséptico, antibiótico, bactericida, fungicida, antivirótico.

Princípios ativos

Terpinene; terpinen-4-ol (+ de 40%); 1,8-cineol; -terpineol; -pinene; limonene; viridiflorine; cis-calamanene; -thujene; myrcene; p-cymene; -gurjurene.

Contraindicações | Cuidados

Procure ajuda médica em caso de ingestão em grande quantidade. Não deve ser usada em pessoas com alergia a terebentina. Uso oral do óleo, pois pode causar reações alérgicas; O óleo também não deve ser aplicado diretamente em feridas abertas na área dos olhos e sobre a pele rachada.

O óleo essencial poderá ser usado para enxágue bucal, sem ser engolido ou em lavagens vaginais (Lininger e cals., 1998); O uso das folhas como infuso parece ser seguro. Pode alterar a contagem de neutrófilos em testes laboratoriais.

O uso interno do óleo pode causar ataxia, confusão, sonolência, fraqueza; O uso interno do óleo também pode causar queimação e coceiras; O uso interno do óleo também pode causar leucocitose de neutrófilos. O uso externo do óleo pode causar dermatite de contato.

Superdosagem mais comum em crianças, deverá ser tratada com ajuda médica - considera-se que 10 ml, para crianças é uma dose alta. Urna dose excessiva - 70ml leva à coma; A DL50 para ratos é de 1 ,9g Kg/peso corporal.

Farmacologia

Os dados sobre a ação antimicrobiana in vitro são extensos, comprovando sua ação contra um largo espectro de bactérias, fungos e leveduras causadoras de infecções da pele; O óleo de melaleuca causa autólise da bactéria durante as fases estacionária e exponencial do seu crescimento; Sua efetividade na pele também é devida à sua natureza lipofica que promove sua penetração na superfície da pele; Mas há poucos estudos clínicos sobre sua efetividade e tolerância. A concentração bacteriostática típica é de 0,25% e a maioria dos produtos de cuidados com a pele exibem concentrações em tomo de 10%; Como fungicida ele raramente é usado puro, mas associado a outros fungicidas naturais; Três estudos comparativos mostraram sua eficácia em pé de atleta e onicomicose do hállux; Há várias referencias a seu uso como supositório e duchas vaginais como parte do Tratamento feminino para candidíase e tricomoníase, entretanto, há pouca documentação Sobre este uso.

Outro uso seria o 'bochecho" para a candidíase oral em pacientes com deficiência imunológica; O óleo de melaleuca é efetivo no tratamento de acne vulgar, um pouco menos que o benzoil-peróxido, porém com menos efeitos colaterais. Em estudo isolado ele mostrou-se eficaz contra pediculose (Veal, 1996); Um estudo sugeriu que o óleo de melaleuca tem mecanismo semelhante aos desinfetantes membrano-ativos como clorexidina e os compostos - amônio-quaternários, degradando proteínas e rompendo a estrutura da membrana. Observação ao microscópio revelou perda de constituintes e quebra da parede celular em células de E. coli após o tratamento com óleo de melaleuca a também a morte celular anterior à autólise. Ele é capaz de matar células de E. coli tanto na fase exponencial (30min após o tratamento a 025%) quanto na fase estacionária (45min após o tratamento a 0,5%) de seu crescimento (Gustafson ecols, 1998) O óleo de melaleuca é um antibiótico membrano-ativo pois inibe a respiração celular e causa perda de potássio em E. coli. Sua eficiência na fase exponencial é total. Na fase estacionária as células são mias resistentes a ele, possivelmente pelas alterações que ocorrem na membrana celular nessa fase de crescimento (Cox e cals., 1998); Concentrações de óleo superiores a 300mcg/ml tem efeitos citotóxicos em fibroblastos e células epiteliais - como esta concentração corresponde à que é citotóxica para o Staphylococus aureus, os autores sugerem que a ação de citóxidade é por um evento membrano-associado (Soderberg e cols., 1996); Oito princípios ativos do óleo foram testados em 12 agentes patológicos: Bacillus subtilis, Bacterioides fragili, Candida albicans, Clostridium perfringens, Enterococcus faecalis, Escherichia coli, Lactobacillus acidophilus, Moraxella catarrhalis, Mycrobacterium smegmatis, Pseudomonas aeruginosa, Serratia marcecens e Staphylococcus aureus; O 4-01terpineno inibiu todas. Em segundo lugar, o linalool e o aterpineol mataram 11 dos organismos. O p-cimeno foi o menos efetivo. Isso mostra que todos os terpenos do óleo de melaleuca são antimicrobianos efetivos, variando mais sua concentração no óleo que sua efetividade; Ele também é efetivo contra várias bactérias da pele: A. baumannii, Corynebacterium spp, K, pneumoniae, M.luteus, M.varians, Microccocus spp, P. aeruginosa,S. marcescens, S. aureus, S. capitls, S. epidermis. S. haemolyticus, S. hominis, S. saphophyticus, S warneri e S. xylosus. Os organismos gram-negativos geralmente são mais susceptíveis. Os autores sugerem que o óleo pode ser útil na higiene e desinfecção das mãos matando a flora transitória e protegendo a flora bacteriana residente.(Hammer e cols., 1996); Várias espécies de estreptococus, inclusive o S. pyogenes causador do impetigo são susceptíveis inclusive algumas bactérias da boca tanto anaeróbicas quanto capnofílicas (Shapiro, 1994). Os efeitos antifúngicos e antilevedura foram também demonstrados. O Melasseria furfur causador de - pitiríase versicolor, foliculite, intertrigo, dermatite seborreica e caspa, é susceptível ao óleo (Hamamele e cals., 1997) assim como o Trichophytum rubrum, o T. mentagrophytes e o Microsporum canis; 31 espécies do gênero Cândida e 1 Trichosporo e 31 espécies diferentes de Malasseria furful. (Nenoff e cols., 1996 e McFadden, 1996); Em testes com vários óleos essenciais para pediculose, a eficiência de uma diluição de 1 % de óleo de melaleuca em 40% de etanol foi de 93% para piolhos e 83% para lêndeas (Veal, 1996).

Estudos Clínicos: Acne: 124 pacientes com acne vulgarforam tratados com uma solução de óleo de melaleuca a 5% ou loção de peróxidobenzoil por 3 meses. Ambos os grupos mostraram melhora nas lesões inflamadas, nas lesões não inflamadas e na oleosidade da pele (Bassetl e cols., 1990); Onicomicose: 117 pacientes com onicomicose subungueal distai, provada por cultura, aplicaram tanto 100% de óleo essencial de melaleuca quanto uma solução de c1otrimazolea1%. Após 6 meses, o grupo de clotrimazole tinha negativado 11 % das culturas e o grupo do óleo de melaleuca, 18%. A aparência das unhas melhorou 61 % no primeiro grupo e 60% no grupo do óleo de melaleuca. Após mais 3 meses de acompanhamento os resultados positivos permaneciam para 55% do grupo do clotrimazxole e 56% de grupo do óleo de melaleuca (Buck e cols., 1994); Inflamação da pele (induzida por histamina): em um estudo aberto o óleo de melaleuca reduziu significativamente a inflamação da pele em 21 pacientes 20 minutos após a injeção de histamina, dente 27 que receberam 5mcg/50mcl de difosfato de histamina intradérmicos-21 receberam óleo de melaleuca e 6óleode parafina. O volume da área empolada foi significativamente menor nos pacientes tratados com o óleo de melaleuca (Hoh e cols., 2002).

História | Origem | Plantio | Habitat

Utilizadas na medicina popular, apesar de ter o nome "árvore de chá", não ter qualquer relação com o que comumente conhecemos como chá. Embora os aborígenes australianos o utilizassem desde tempos remotos, oficialmente só foi registado na década de 1920, quanto as análises efetuadas revelam enorme eficácia deste óleo. Durante a Segunda Guerra Mundial, os soldados australianos usavam-no como desinfetante.

Austrália onde é considerada uma planta invasora.

Família

  • Myrtaceae

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