Muirapuama (Ptychopetalum olacoides)
A Ptychopetalum olacoides Benth., da família das Olacáceas, conhecida principalmente com Marapuama. O gênero Ptychopetalum apresentam duas espécies na América do Sul. A outra espécie é P. uncinatum é frequentemente confundida com Pó.
A Muirapuama é usada popularmente e reconhecida por suas propriedades como "tônico de nervos" e afrodisíaca Tem ocorrido um aumento considerável do uso desta espécie em fitoterápicos nacionais, norte-americanos e europeus.
Muirapuama é um arbusto de no máximo 5 metros de altura nativo da bacia amazônica e outras partes do nordeste do Brasil. As pequenas flores brancas tem uma flagrância similar ao jasmim.
Tem sido utilizada há muito tempo pelos povos indígenas da região para diversos fins, e encontrou aplicação na medicina da América do Sul e Europa a partir da década de 20.
Tribos indígenas no Brasil utilizam suas raízes e casca para preparação de um chá para tratamento de deficiências sexuais e impotência, problemas neuromusculares, reumatismo, gripe, astenia cardíaca e gastrointestinal e até para prevenção da calvície.
É também utilizada em banhos e massagens para tratamento de paralisia e beri-beri. Nomes Populares - Marapuama, marapuama, mirapuama, marapuan, muiratan, vara homem.
Indicações
Empregadas como: Tônico neuromuscular, neurastenia, impotência sexual, distúrbios menstruais, disenterias. As propriedades estimulantes da atividade sexual é por bloqueio dos receptores alfa. Possui também propriedades estimulantes do sistema nervoso central. Os taninos são responsáveis pelo efeito adstringente, útil nos casos de diarreia.
Modo de usar
Consumidores devem estar atentos de que para atingir os efeitos benéficos da planta é necessária uma preparação própria.
Os constituintes ativos que se acredita serem responsáveis pelo efeitos afrodisíaco não são solúveis em água e tampouco são absorvidos durante o processo digestivo.
Portanto a mera ingestão de cápsulas do produto não é efetiva. O aquecimento por pelo menos 20 minutos ou mais em álcool são necessários para dissolver e extrair os óleos essenciais, gomas e resinas encontradas na casca e nas raízes da planta.
Propriedades medicinais
Apresenta na sua composição química: muirapuanina, ácidos orgânicos (ac. Araquinico, lignocênico, uncosânico, tricosânico e pentacosânico), flobafenos, taninos , Beta-sitosterol, lupeol.
História | Origem | Plantio | Habitat
Em 1925 um estudo farmacológico foi publicado mostrando sua eficácia no tratamento de desordens do sistema nervoso e impotência sexual. Em 1930, Pena em seu livro "Notas Sobre Plantas Brasileiras" sobre ervas brasileiras, cita os efeitos da planta confirmados em análises do Dr. Rebourgeon na França.
Duas espécies próximas da Ptychopetalum eram usadas quando a muirapuama tornou-se popular nas décadas de 20 e 30, a P. olacoides e a P. uncinatum, além da Liriosma ovata.
Exploradores europeus observaram os efeitos afrodisíacos da planta e a levaram para estudos, onde tornou-se parte da medicina herbal na Inglaterra e ainda hoje a planta está listada na British Herbal Pharmacopoeia, uma publicação respeitada sobre medicina herbal publicada pela British Herbal Medicine Association.
Historicamente todas as partes da planta tem sido utilizadas como remédio, mas a casca e a raiz são as principais partes utilizadas.
Família
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Olacaceae