Nóz Vômica (Strychnos nux-vomica)
Essa árvore originária da Ásia é uma fonte rica dos alcaloides estricnina e brucina, altamente venenosos.
Planta da família das Loganiaceae, também conhecida como fava-de-santo-inácio, noz-vômica, noz-vomitória.
É uma árvore perene. Possui folhas ovaladas e opostas de cor verde acinzentada e brilhante. As flores são dispostas em pequenas cimeiras terminais, de coloração branco esverdeada. O fruto é uma baga de 4-5 centímetros que contém no seu interior 5-6 sementes.
Partes utilizadas
Semente.
Indicações
Astenia nervosa, ansiedade, depressão, dispepsia, dor de cabeça com perturbação gástrica, enxaqueca, falta de apetite, gastrite crônica com dilatação do estômago, insônia, insuficiência cardíaca, neurastenia, paralisias, problemas gastrointestinais tóxico infecciosas, sintomas de uso abusivo de entorpecentes.
O uso terapêutico da Noz Vômica não se justifica devido aos seus riscos e sua importância está na obtenção da estricnina, muito empregada em estudos laboratoriais da excitabilidade muscular ou em ensaios de anticonvulsivantes e de relaxantes musculares de ação central. Extratos de Noz Vômica já foram empregados em diversos distúrbios, como gastrointestinais e debilidades físicas (Hoehne, 1939).
Propriedades medicinais
Antidispéptica, aperiente, cardiotônica, estomacal, excitante do sistema nervoso central, neurotônica.
Princípios ativos
Alcaloides (estricnina, brucina, vomicina, colubrina), ácido sulfúrico, taninos.
Contraindicações | Cuidados
Gestantes e lactantes.
História | Origem | Plantio | Habitat
Origem : Índia, norte da Austrália e dos bosques tropicais do sudeste asiático
Família
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Loganiáceas
Outras informações
Efeitos colaterais:
Sensação de cansaço, ganho de reflexos, desordens de equilíbrio, dores musculares no pescoço e nas costas, cãibras, espasmos musculares e convulsões dolorosas.
Em grandes quantidades provoca depressão no centro respiratório. Pode levar à morte.
Seu principal alcaloide, a estricnina, é um poderoso excitante do sistema nervoso central, atuando por efeito bloqueador dos impulsos inibitórios que chegam aos neurônios localizados ao nível espinhal, sendo que os estímulos sensitivos produzem efeitos reflexos exacerbados no indivíduo. Entre seus numerosos efeitos, destaca-se o convulsivante, caracterizado por uma excitação tônica do tronco e extremidades, precedida e seguida de impulsos extensores simétricos físicos que podem dar começo a qualquer modalidade de impulso sensitivo (Goodman e Gilman A., 1986; Wu H. et al., 1994).