Romã (Punica granatum)
Pertence a família das Puniáceas, Arbusto ou árvore de pequeno porte, muito esgalhada, contendo ramos espinhosos. As folhas são opostas, inteiras, de pecíolo curto, de tonalidade avermelhada, quando novas e verdes quando mais velhas. As folhas caem no inverno. As flores nascem nas axilas das folhas e são solitárias ou agrupadas de 2 a 3, de cor vermelho-vivo. O fruto é uma baga esférica, coroada do cálice, com casca coriácea amarela ou avermelhada, manchadas de escuro. As sementes são numerosas, angulosas, cobertas por um tegumento espesso, polposo, de cor rósea avermelhada, de sabor ligeiramente ácido. Sua propagação é por sementes ou estacas de galho, não sendo exigente quanto ao solo, mas necessita de luz solar direta. A colheita dos frutos ocorre quando maduros e as cascas a qualquer momento.
Partes utilizadas
Sementes, casca do fruto e do tronco, casca da raiz.
Indicações
As casquinhas de dentro da fruta são usadas num chá contra diarreia. Sua casca servem para acabar com vermes intestinais e também para casos de amigdalite.
Modo de usar
Infusão, xarope, decocção. - infusão da casca dos frutos, em gargarejo: aftas e dores de garganta;
- infusão das folhas: lavar os olhos;
- decocção de 3 colheres de sopa da casca do caule ou da raiz em 1 copo de água. Dividir em 3 doses a serem bebidas em um dia. No dia seguinte tomar um laxante.
- Suco: difteria, inflamações gastrintestinais e afecções gênito urinários; - xarope do suco: anginas e afecções da garganta; - infusão da polpa da romã: diarreia; - decocção de 40 a 60g do pó da casca do tronco, da raiz ou do fruto em 1 copo de água. Tomar 3 a 4 vezes no espaço de 1 hora;
- Fruto: mascar no máximo 10 pedaços de casca dos frutos por dia: inflamações da boca e garganta; - decocção de 1/4 da casca de um fruto por 10 minutos em 1 copo de água.
- decocção da casca de fruta e do arbusto: desinfetar ferida, inflamação de garganta e boca, gases. Tomar 2 a 3 xícaras de chá ou fazer gargarejo da decocção.
Propriedades medicinais
Vermífuga, adstringentes e diuréticas.
Princípios ativos
Proteínas; Carboidratos; Fibra; Cinzas; Minerais: cálcio, ferro, magnésio, fósforo, potássio, sódio, zinco, cobre, manganês, selênio; Vitaminas: C, Tiamina, iboflavina, Niacina, Ácido pantotêníco, B6, B12; pídeos: ácidos graxos saturados, mono-insaturados poli-insaturados; alcaloides piperidínicos; taninos .
Contraindicações | Cuidados
os alcaloides são muito tóxicos e pode provocar náuseas, vômitos e até a morte. A toxicidade em extratos é reduzida pois há a formação de um complexo entre os alcaloides e os taninos . Em alguns países, seu uso é proibido devido à concentração de alcaloides. Há registros de intoxicações seguidos de morte, pela ingestão de 150g de pó da casca da raiz.
Efeitos colaterais: em excesso náuseas, vômitos e até a morte. Distúrbios visuais, irritação gástrica, enjoo, calafrios e tontura em uso excessivo ou em doses elevadas.
Superdosagem: Uma overdose pode causar apneia e colapso circulatório.
História | Origem | Plantio | Habitat
Origem : África,e está bem aclimatada no Brasil, sendo os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, onde se encontram os maiores cultivos.
Família
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Puniáceas
Outras informações
Posologia: 5g de cascas sécs ou 10g de cascas frescas (1 colher de sopa pra cada xícara de água) em infuso ou decocto para gargarejes nas infecções na garganta e banhos de assento diários até a remissão do quadro clinico; Óvulos vaginais impregnados com a tintura de romã, podem substituir os banho de assento. Suco: 1 copo, preferencialmente centrifugado por dia. O suco da polpa que envolve as sementes pode ser pingado diretamente sobre o olho para afecções oculares, tomadas as devidas precauções higiênicas. Extratos da casca fazem parte de diversas preparações à venda no mercado.