Tuia (Thuja occidentalis)
A tuia é uma árvore rústica, semelhante ao cedro, é uma planta ornamental por natureza, mais possui propriedades medicinais, entre elas o tratamento de verrugas.
Planta da família das Cupressaceae, também conhecida como pinheiro de cemitério, árvore-da-vida, cedrinho, ciprestes, tuia americana.
Trata-se de árvore frondosa, de ramos folhosos mais ou menos horizontais e com copa no formato de pirâmide. Seu crescimento é lento e pode atingir até 20 metros de altura.
As folhas, tipicamente escamadas, são sempre verdes ou raiadas de amarelo, possuindo uma glândula saliente. Produz cones masculinos e femininos no mesmo pé, de formato levemente globoso, que se abrem quando maduros, apresentando várias sementes.
Os ameríndios usavam a tuia para problemas como dores de cabeça, febre e reumatismo e queimavam-na para "limpar" o ar. A tuia é sobretudo usada em verrugas, embora seja útil noutros problemas infecciosos, especialmente na sinusite, abcessos nos dentes, bronquite, cistite e infecções fúngicas.
Partes utilizadas
Ramos.
Indicações
Essa árvore é mais usada como ornamental que medicinalmente.
Verrugas e uso tópico : Nenhum remédio é infalível na eliminação de verrugas, mas a tuia tem mais probabilidades de ser bem sucedida do que muitos outros. Aplique a tintura pura na verruga duas vezes por dia. Continue até 10 dias. Porém a tintura não elimina os pólipos cutâneos, que são pequenas vesículas benignas
Porém é indiciada também nos caos de hemorróidas, transtornos menstruais, catarros bronquiais, enfisema, asma, vermes intestinais, doenças de pele, como psoríase, reumatismo, hiperplasia benigna da próstata.
Infecções : O mais comum é tomar a tuia conjugada com outros antimicrobianos e imunoestimulantes, como a equinácea (Echinacea spp.) e o tomilho (Tfymus vulgaris). A forte ação antisséptica é mais evidente em infecções virais e bacterianas nas membranas mucosas, sobretudo nos ouvidos, nariz, garganta e aparelho urinário. Internamente, tem uma ação forte e tóxica , pelo que convém consultar um profissional.
Modo de usar
Afecções febris, gripes e resfriados; tosses; rouquidão : em 1 xícara de chá, coloque 1 colher de chá de ramos novos, bem picados e adicione água fervente. Abafe por 10 minutos e coe. Ainda morno, tome 1 xícara de chá, de 1 a 3 vezes ao dia.
Diurético, diminui a causticidade da urina; estimulante da elasticidade da bexiga; prostatite; cistites : coloque 1 colher de chá de ramos novos bem picados em 1 xícara de chá de água em fervura. Deixe ferver por 5 minutos, coe e espere esfriar. Tome 1 xícara de chá, de 1 a 2 vezes ao dia, sendo uma de manhã e outra até às 17:00 horas.
Verrugas; calos; olho-de-peixe : coloque 2 colheres de sopa de ramos novos bem picados em 1 xícara de chá de álcool a 70%. Deixe em maceração por 8 dias. Coe, adicione 1 colher de chá d e glicerina e misture. Deixe amolecer bem o local afetado com água quente, enxugue e esfregue com uma toalha seca. Em seguida, aplique no local afetado.
Hemorróidas; fissura anal : coloque 3 cones ou 2 colheres de sopa de casca do caule e 1 colher de sopa de folhas fatiadas da carrapateira em 1/2 litros de água em fervura desligue o fogo, espere amornar e coe. Faça banho de assento, ainda morno, massageando suavemente a porção anal.
Propriedades medicinais
Adstringente, anti-helmíntica, anti-hemorroidal, antirreumática, antiasmática, antiverrugosa, emenagoga, expectorante.
Princípios ativos
Alfa pineno, borneol, fenchona, flavanóides (glicosídeos de kenferol e quercetol), óleo essencial (com 60% de tuyona), taninos .
Contraindicações | Cuidados
Os sintomas de envenenamento são os descritos nos efeitos colaterais; Deverá ser feito: o imediato esvaziamento gástrico, lavagem com solução de permanganato de potássio ou sulfato de sódio, uso de carvão ativado, e profilaxia contra choque; Os espasmos são tratados com diazepan, as cólicas com atropina e também a administração de eletrólitos; Eventuais crises de acidose deverão ser tratadas com infusão de bicarbonato; O monitoramento da função renal é essencial; Pode haver necessidade de assistência respiratória.
Toxicologia
O efeito tóxico é devido à presença da tuiona. As doses devem ser estritamente respeitadas. As preparações alopáticas não contêm tuiona, neste caso a dose limite é 1,25mg/kg de peso; Desde 1980 só há relatos de envenenamento pelo uso da planta fresca. Nas doses terapêuticas de medicação a tuiona presente está abaixo do limite tóxico.
Farmacologia
As glicoproteínas e polissacarídeos são os agentes que lhe conferem atividade antiviral e imunoestimulante. Logo, seu uso tópico para inibir o crescimento de vegetações virais da pele é totalmente plausível; Também foi demonstrado um aumento de células T devido aos polissacarídeos e também um aumento na produção de interleucina-2; A Tuya também exerce ação estimulante sobre o útero; Devido à presença da tuiona que é neurotoxina, o óleo essencial pode causar espasmos e, em altas doses, levar a convulsões clônico-tôniças, distúrbios metabólicos por degeneração gordurosa do fígado e danos ao parênquima renal.
História | Origem | Plantio | Habitat
Origem e Habitat: Nativa da América do Norte - Canadá, EE.U.U. (especialmente o estado da Virgínia) encontra-se no Brasil como planta ornamental exótica, está bem adaptada, em locais mais altos do sul e sudeste brasileiro.
O cultivo da tuia
É extremamente rústica, não requerendo cuidados especiais, adaptando-se a diferentes tipos de solo, zonas de invernos rigorosos e prolongados.
O plantio é feito por sementes. A colheita deve ser feita no final do inverno ou do outono. O seu aroma é canforáceo.
Família
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Cupressáceas